por Lucas Fernandes____
Era
dia 24 de julho de 1911 quando nasceu, na cidade de Savran (Ucrânia),
Leah — filha primogênita do casal de judeus Pinkhas e Mania
Lispector. Depois de Leah, Mania deu à luz a Tania (1915) e Haia
(1920). Quando os Lispector chegaram ao Brasil, em março de 1922,
seus nomes foram abrasileirados: Leah tornou-se Elisa; Mania recebeu
o nome de Marieta; Pinkhas passou a se chamar Pedro; Haia foi chamada
de Clarice; Apenas o nome de Tania não sofreu alteração por ser
comum no Brasil. Em solo brasileiro, a família Lispector morou em
Maceió por cerca de dois anos, em Recife por aproximadamente 10 anos
e se estabeleceu
definitivamente no Rio de Janeiro a partir do final de 1935. Elisa estreou como escritora na imprensa carioca por volta de 1940 e publicou seu primeiro livro, o romance “Além da Fronteira”, em 1945. No total, a obra de Elisa é composta por onze livros entre romances, contos e memórias. Sua escrita é marcada pela delicadeza com a qual descreve a angústia, a incomunicabilidade e o exílio (físico e psicológico) de suas personagens.
definitivamente no Rio de Janeiro a partir do final de 1935. Elisa estreou como escritora na imprensa carioca por volta de 1940 e publicou seu primeiro livro, o romance “Além da Fronteira”, em 1945. No total, a obra de Elisa é composta por onze livros entre romances, contos e memórias. Sua escrita é marcada pela delicadeza com a qual descreve a angústia, a incomunicabilidade e o exílio (físico e psicológico) de suas personagens.
Elisa
teve uma infância feliz até a eclosão da Revolução Russa em
1917, quando se acentuou a perseguição aos judeus russo-ucranianos.
Diante desse cenário, a família Lispector imigrou para o Brasil.
Elisa nunca esqueceu os horrores vivenciados nesse período. A
perseguição aos judeus, a viagem de imigração e os primeiros anos
no Brasil foram registrados por ela no romance autobiográfico “No
Exílio” (1948), um marco na literatura judaica brasileira e
preciosa fonte de informações sobre o passado da família
Lispector.
Escrito em 1949, um de seus melhores romances, “Ronda Solitária” só foi publicado em 1954. A sua obra mais conhecida, “O Muro de Pedras” (1963), foi publicada após sagrar-se vencedora do I Prêmio José Lins do Rêgo promovido pela Editora José Olympio em 1962. Dois anos depois, o mesmo livro recebeu o Prêmio Coelho Neto, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Esse foi o auge da sua carreira e o reconhecimento após quase quinze anos de contribuições literárias. Seu próximo livro, o romance “O Dia Mais Longo de Thereza” (1966), é marcado pela densidade.
Escrito em 1949, um de seus melhores romances, “Ronda Solitária” só foi publicado em 1954. A sua obra mais conhecida, “O Muro de Pedras” (1963), foi publicada após sagrar-se vencedora do I Prêmio José Lins do Rêgo promovido pela Editora José Olympio em 1962. Dois anos depois, o mesmo livro recebeu o Prêmio Coelho Neto, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Esse foi o auge da sua carreira e o reconhecimento após quase quinze anos de contribuições literárias. Seu próximo livro, o romance “O Dia Mais Longo de Thereza” (1966), é marcado pela densidade.
Sua
estreia como contista ocorreu em 1970 com o livro “Sangue no Sol”.
De volta ao romance, publicou a “A Última Porta” (1975), um
romance repleto de reflexões existencialistas. “Inventário”
(1977) foi o seu segundo livro de contos. O ano de 1977 também foi
marcado pela morte sua irmã caçula, Clarice. Após um hiato de seis
anos, foi pulicado o romance “Corpo a Corpo” (1983). Nesse livro,
Elisa exprimiu de forma delicada e profunda a dor da perda de uma
pessoa próxima. Seu último título inédito publicado em vida foi a
coletânea de contos “O Tigre de Bengala” (1985), pelo qual
recebeu o prêmio literário do Pen Clube do Brasil de 1986. Elisa
faleceu em seis de janeiro de 1989, vítima de câncer.
Elisa
nunca se casou e nem teve filhos. Seu espólio ficou com sua irmã,
Tania. Pouco antes de falecer, em 2008, Tania decidiu divulgar alguns
itens do acervo de Elisa. Entre outras coisas, foi encontrado um
livro de memórias que foi publicado em 2011: “Retratos Antigos:
Esboços a serem Ampliados”.
O nome de Elisa Lispector foi se apagando aos poucos, apesar das onze publicações de livros e várias premiações. Atualmente apenas a terceira edição de “No Exílio” pode ser encontrada nas grandes livrarias do Brasil. Os demais títulos só podem ser encontrados em sebos online. A dificuldade de acesso às obras é um dos principais fatores que impedem as novas gerações de conhecerem o legado literário de Elisa. Nos últimos anos, a busca sobre o passado da sua irmã, Clarice Lispector, levou biógrafos e fãs a se debruçarem sobre os escritos autobiográficos de Elisa, especialmente os livros “No Exílio” e “Retratos Antigos”. No entanto, as qualidades literárias de escritora logo saltam à vista e conduzem os leitores aos demais títulos e à sensação de que Elisa Lispector deveria figurar entre os principais nomes da Literatura Brasileira no século XX.
O nome de Elisa Lispector foi se apagando aos poucos, apesar das onze publicações de livros e várias premiações. Atualmente apenas a terceira edição de “No Exílio” pode ser encontrada nas grandes livrarias do Brasil. Os demais títulos só podem ser encontrados em sebos online. A dificuldade de acesso às obras é um dos principais fatores que impedem as novas gerações de conhecerem o legado literário de Elisa. Nos últimos anos, a busca sobre o passado da sua irmã, Clarice Lispector, levou biógrafos e fãs a se debruçarem sobre os escritos autobiográficos de Elisa, especialmente os livros “No Exílio” e “Retratos Antigos”. No entanto, as qualidades literárias de escritora logo saltam à vista e conduzem os leitores aos demais títulos e à sensação de que Elisa Lispector deveria figurar entre os principais nomes da Literatura Brasileira no século XX.
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