FETEAG 2019 Programação da Mostra Profissional

Por Mirada__


FESTIVAL DE TEATRO DO AGRESTE 2019
De 16 a 26 de outubro – Programação da Mostra Profissional


Martin Luther Propagandapiece - Suíça
Dias 16 e 17/10 - Teatro Barreto Júnior/Recife (19h)


Enquanto um coral está nos enganando com conhecidos evangelhos e canções de Natal, o virtuoso e radical ator Malte Scholz faz uma declaração de raiva e amor ao público: Quão livremente podemos agir, como podemos influenciar a realidade independentemente? E quando o radicalismo individual se transforma em ideologia, fundamentalismo ou terror?
Martin Luther Propagandapiece é sobre tomar decisões. Na verdade, é sempre uma questão de tomar decisões. Não é como se o assunto não estivesse em nossas próprias mãos. Independentemente de acreditar, amar, fazer uma mesa, matar alguém - ou morrer.

Martin Luther Propagandapiece 'é exatamente o que o nome promete e, no entanto, também é um ato de equilíbrio muito delicado: um serviço religioso que é teatro. Durante sua estréia no Heiner-Müller-Festival, em Berlim, os espectadores saíam furiosamente do teatro, enquanto outros gritavam "Eu te amo!". Após o convite para o festival “Impulse”, o Teatro Thalia, em Hamburgo, a renovada Plataforma de Documentação da Basiléia, São Petersburgo e o Festival NET de Moscou, a peça agora está viajando para o Brasil, com estreia nacional no FETEAG.

Ficha técnica:
Classificação etária: 16 anos
Duração: 70'
Direção e criação: Boris Nikitin
Texto: Boris Nikitin e Malte Scholz
Performance: Malte Scholz
Direção Técnica: Benjamin Hauser
Produção: Annett Hardegen
Regência do Coral: Anastácia Rodrigues

*A circulação deste espetáculo foi possivel com o apoio do COINCIDÊNCIA – Intercâmbios culturais entre Suíça e América do Sul, um programa iniciado e organizado por Pro Helvetia, a Fundação Suíça para a cultura.


Hamlet - Suíça
Dias 18/10 - Teatro Barreto Júnior/Recife (19h) 
20/10 - Teatro Rui Limeira Rosal/Caruaru (19h)

O dramaturgo e diretor Boris Nikitin transforma Hamlet num espetáculo que transita entre a performance e os teatros documentário, musical e experimental. O enigmático performer e músico eletrônico Julia*n Meding é acompanhado por um quarteto barroco. O performer queer interpreta um Hamlet revoltado contra a realidade e também contra a plateia – assim como em Shakespeare, Hamlet se revolta contra sua corte real -, misturando detalhes de sua história de vida com a ficção. Vai ao microfone e canta electropunk bruto, esboços de canções cover, uma balada de Hollywood; músicas como fragmentos de emoções. O público, que ora é zombado, ora é seduzido, se percebe na zona de conflito entre ilusão e realidade, indivíduo e sociedade.

Ficha técnica:
Classificação etária: 16 anos
Duração: 90'
Direção e criação: Boris Nikitin
Texto: Boris Nikitin e Julia*n Meding
Performance: Julia*n Meding
Canções: Julia*n Meding
Cenário e Figurinos: Nadia Fistarol
Vídeo: Georg Lendorff e Elvira Isenring
Concepção Musical: Boris Nikitin, Julia*n Meding, Matthias Meppelink, Der musikalische Garden
Técnico de Som: Matthias Meppelink
Supervisão Técnica e Iluminação: Anahi Perez
Produção: Annett Hardegen
A circulaçãa deste espetáculo foi possivel com o apoio do COINCIDÊNCIA – Intercâmbios culturais entre Suíça e América do Sul, um programa iniciado e organizado por Pro Helvetia, a Fundação suíça para a cultura.


Tentativa de morrer - Suiça
Dias 18 - Teatro Barreto Júnior/Recife (21h) 
20/10- Teatro Rui Limeira Rosal/Caruaru (21h)

Em 2017, um ano após a morte de seu pai, o autor e diretor Boris Nikitin começa a escrever a história da doença ELA - Esclerose lateral amiotrófica, do seu pai. A doença foi um processo curto: desde o diagnóstico até a morte, leva menos de um ano. Muito cedo, o pai abre o pensamento de considerar um suicídio assistido, uma saída. Uma declaração que muda tudo.
Em Tentativa de morrer, Nikitin combina a história desse passeio com a história de sua própria estréia, há 20 anos, e a transforma em uma noite teatral sobre o que significa dar o passo aos olhos do público e tornar-se vulnerável e vulnerável.
Tentativa de morrer é uma peça sobre o olhar dos outros e sobre a utopia de uma vulnerabilidade que não é a falta de ser humano, mas uma habilidade revolucionária.

Ficha técnica:
Classificação etária: 16 anos
Duração: 50'
Direção, texto e performance: Boris Nikitin
Produção: Annett Hardegen
Suporte: Fachausschuss Tanz & Theater der Kantone Basel-Stadt und Basel-Landschaft.





Josefina la Gallina puso un huevo en la cocina - VACA35 - México
Dias 17/10 - Teatro Rui Limeira Rosal/Caruaru (20h) 
19/10 - Teatro Marco Camarotti/Recife (19h)

Esta galinha cuida dos seus ovos com cuidado. Ele nomeia cada um deles, enterra-os na areia para que eles sempre tenham a temperatura ideal, até os leva ao cinema e celebra seus aniversários. Este frango não é como os outros. Ele sobreviveu ao mar e ao amor, a canção incessante que vem da crueldade de uma criança e assassinatos sem sentido. Este valente ser humano migrou e sobreviveu e conta-nos a sua história, esperando que nunca mais, sob nenhuma circunstância, um homem se veja à beira de se tornar uma galinha.

Um homem de cabelos grisalhos e rosto cansado confessa com algum orgulho que é um frango. O que a princípio é percebido como uma farsa com cores fortes de absurdo é gradualmente revelado como uma história de violência, fragilidade, dor e, mais importante, sobrevivência não de um pássaro, mas de um homem que tinha que agarrar. de tudo o que foi para lidar com uma realidade que às vezes acaba por ser demasiado cru para ser verdade. A Companhia de Teatro Vaca 35, criadora de assembleias tão poderosa e contundente quanto a única coisa que uma grande atriz precisa é um ótimo trabalho e o desejo de ter sucesso, que a memória não pode mais tirá-la de você ou quando todos pensaram que desaparecemos apresenta sua mais recente criação coletiva intitulada "Josefina la Gallina põe um ovo na cozinha", uma empresa individual que encanta pela primeira vez por sua ingenuidade, que impacta e se move pela sua honestidade brutal.

Ficha técnica:
Classificação etária: 16 anos
Duração: 50'
Dramaturgia: Creación colectiva de Vaca35 Teatro en Grupo
Direção: Diana Magallón
Codireção: Damián Cervantes
Elenco: José Rafael Flores (ator) e Alberto Rosas (músico)
Desenho de espaço e iluminação: Natalia Sedano
Assistente de direção: Mari Carmen Ruiz




Adaptação - Teatro de Açucar - França/Brasil
Dias 18/10 - Teatro Rui Limeira Rosal/Caruaru (20h) 
20/10 - Teatro Marco Camarotti/Recife (19h)

Adaptação conta a história de personagens num momento de adaptação como meio necessário de sobrevivência: Um diretor teatral frustrado, que não consegue sair de uma crise criativa e decide mudar de profissão; Uma atriz recém chegada à cidade grande, que necessita se acostumar à solidão do novo estilo de vida; Um a transsexual que adaptou seu corpo para poder seguir vivendo nele; Um dinossauro que não sabe se sobreviverá às adaptações de sua espécie... Todos estão unidos por um drama em comum: o medo de morrer, se transformar, deixar de existir, como se alguém escrevesse ou adaptasse suas histórias, recriando, agregando e, o mais temível, eliminando personagens.

Ficha técnica:
Classificação etária: 16 anos
Duração: 60'
Texto, Direção e Interpretação: Gabriel F.
Ass. de Direção, e Iluminação: Igor Calonge
Música Original e Dir. Musical: Marco Michelângelo
Produção Musical: Rubi
Dir. Técnica: Rodrigo Lelis
Fotografia: Diego Bresani
Dir. de Produção: Lucas Magalhães
Produção: Teatro de Açúcar
Co-produção: Cielo rasO
A vinda deste espetáculo conta com o apoio do Institut Français e Consulado Geral da França para o Nordeste.




Apenas o fim do Mundo - Grupo Magiluth de Teatro - Recife
Dia 19/10 - Museu do Barro/Caruaru (17h e 20h)

Em sua permanente busca por novos desafios, em 2019 o Grupo Magiluth opta pela imersão na obra de um dos mais celebrados dramaturgos contemporâneos, Jean-Luc Lagarce, e em seus textos frequentemente verborrágicos, simples e comoventes. Envolvidos pela força da obra do autor, o grupo pernambucano decide montar a peça Apenas o fim do mundo, que conta a história de um homem que regressa à casa dos seus familiares para lhes dar a notícia de sua morte próxima.
Após anos distante, Luiz compreende que é o momento de regressar, com o objetivo de contar pessoalmente à família sobre o seu fim. Assim ele reencontra a mãe, a irmã e o irmão, além de finalmente conhecer a cunhada. Na tentativa de se comunicar, de dizer aos familiares quem é e como está, bem como quais são seus desejos e dores, Luiz não fala, apenas escuta. É esta a grande potência da peça: nada é dito e, no entanto, há uma torrente de palavras.

Ficha técnica:
Classificação: 16 anos
Duração:
Direção: Giovana Soar e Luiz Fernando Marques Lubi
Assistência de Direção: Lucas Torres
Dramaturgia: Jean-Luc Lagarce
Tradução: Giovana Soar
Atores: Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral, Pedro Wagner
Desenho de luz: Grupo Magiluth
Direção de Arte: Guilherme Luigi
Fotografia: Cacá Bernardes
Design Gráfico: Guilherme Luigi
Realização: Grupo Magiluth



No Silêncio da Palavra - Iris Marcolino - Caruaru
Dias 21/10 - Academia das Cidades -Bairro São João da Escócia/Caruaru (20h)

O monólogo, defendido pela caruaruense Iris Marcolino, filósofa e doutoranda na Universidade Federal de Santa Catarina, sob direção de Moisés Gonçalves, ousa em uma narrativa intensa e esteticamente geométrica. O poético e a política dialogam com a personagem que vive os dilemas de Clarice e Mavê). A ideia surgiu a partir de vivências da autora quando identificou tantas inquietações em comum entre Mavê, personagem principal de sua obra, e tantos contos de Clarice, surgindo assim, uma proposta provocativa. Vida, Solidão e Política dão o tom nas nuances que tratam cada personagem. As molduras, ou janelas, são os portais por onde a trama se desenvolve.

Ficha técnica:
Classificação etária: 14 anos
Duração: 50'
Direção: Moisés Gonçalves
Atuação: Iris Marcolino
Designer Gráfico: Dany WR Ilustradora e San Auerbach
Música:Ivison Santos e Valdemar Neto




Cartas - Coletivo Caverna - Recife
Dia 22/10 - Teatro Rui Limeira Rosal - Caruaru (20h)

O espetáculo encena a troca de cartas entre Osman Lins e Hermilo Borba Filho no período entre 1965 a 1976, sob a tessitura poética e imagética do livro “Guerra sem testemunhas”, além de referências à outras obras de Osman. Sob as linhas de uma dramaturgia coletiva a encenação coloca o amigo Hermilo como “a testemunha invisível” de Osman no momento da escrita de sua obra. Um em Recife, o outro em São Paulo dividindo angústias sobre mercado editorial, questões sociais e de trabalho, como montagens de espetáculos.
Cartas” desenvolve a postura ambígua e de trincheira de Osman como escritor. O tema central da obra é a resistência do artista, tão conhecida para escritores e pessoas de teatro. Logo, o espetáculo traz, numa abordagem histórica e documental, um panorama do Brasil dos anos de 1965 a 1976 sob a perspectiva da vida e da obra de Osman Lins, numa interlocução com temas e fatos da atualidade.

FICHA TÉCNICA
Classificação etária: 12 anos
Duração: 60'
Elenco: Fabiana Pirro Claudio Lira e Paulo de Pontes
Direção: Luiz Manuel
Direção de Produção: Naruna Freitas
Assistente de direção: Gabriel de Godoy
Iluminação: João Guilherme
Trilha Sonora: Alexandre Salomão
Desenho de som: Lara Bione
Edição de vídeo: Gabriel de Godoy
Figurinos: Giselle Cribari
Calçados: Jailson Marcos
Cenografia: Luiz Manuel, João Guilherme, Gabriel de Godoy, Naruna Freitas, Fabiana Pirro, Claudio Lira, Paulo de Ponte. Cenotécnica: AT Pallets.
Assistente de figurino: Fabiana Pirro
Identidade Visual: Aurora Jamelo
Assessoria de imprensa: Tatiana Diniz



Mulher Barro - Naomi Silman - Campinas
Dias 23/10 - Marco Zero/Caruaru (11h e 16h) 
24/10 - Marco Zero/Caruaru (11h)

A ação performativa Mulher Barro realizada desde 2016 por Naomi Silman – atriz com mais de 20 anos de pesquisas em teatro junto ao LUME Teatro – utiliza como matéria prima o barro, criando múltiplas relações com o corpo, a paisagem urbana e o público local, numa escuta dos estímulos externos sem desenho predeterminado, instaurando um contratempo ao ritmo da cidade. Durante a ação, a fotógrafa Mariana Rotili acompanha a Mulher Barro com a sua câmera, realizando uma narrativa-imagética e criando camadas de leitura que vão além do registro.

Ficha técnica:
Classificação etária: Livre
Duração: 45'
Criação e atuação: Naomi Silman (LUME Teatro)
Fotografia e aplicação de lambe lambe: Mariana Rotili
Registro de vídeo: Mariana Rotili
Técnico de som: Francisco Barganian
Produção: Juliana Kaneto (Caju Cultura)
Realização: LUME Teatro



Soledad - A Terra é Fogo Sob Nossos Pés - Hilda Torres - Recife
Dia 23/10 - Teatro Rui Limeira Rosal/Caruaru (20h)

O espetáculo conta a história de Soledad Barrett Viedma (1945-1973), militante paraguaia, que após ter lutado em diversos países da América Latina, veio militar no Brasil. No Recife, teve sua trajetória de lutase idealismo interrompida brutalmente, em um dos episódios mais violentos da ditadura brasileira: o massacre da chácara São Bento. A obra, contudo, não se restringe a um caráter memorialista, mas abrange algo que se quer contar hoje, traçando um ousado diálogo entre o passado e o presente.

Ficha técnica:
Classificação etária: 14 anos
Duração: 65'
Dramaturgia:Hilda Torres e Malú Bazán Atuação: Hilda Torres
Direção: Malú Bazán
Cenário e figurino: Malú Bazán
Desenho de luz: Eron Villar
Direção musical: Lucas Notaro
Produção geral: Márcio Santos
Produção Executiva: Áurea Souza Cisneiros e Anny Rafaella Ferli
Realização: Cria do Palco
Fotografias: Rick de Eça




Opá, Uma Missão - Lívia Falcão - Recife
Dia 24/10 - Teatro Rui Limeira Rosal/Caruaru (20h)

O espetáculo “Opá, Uma Missão”, monólogo da consagrada atriz e diretora Lívia Falcão, é a culminância de um processo de investigação artística e pessoal da atriz.
Opá, Uma Missão traz à cena a Palhaça de Livia, Zanoia, uma benzedeira antiga, descendente direta da xamã mais velha, de terras distantes, que um dia foram de seu povo perdido. Um lugar de abundâncias e milagres, de onde veio sua voz e a sua Opá, sua tenda, sua casa andante, seu ventre compartilhado. “Zanoia recebeu de suas antepassadas a missão de rir de si mesma nas ‘sete direções’: Leste, Oeste, Norte, Sul, Acima, Abaixo e Dentro. Somente cumprindo essa missão, encontrará a dádiva-diamante escondida em seu corpo”, conta Lívia Falcão.

Ficha técnica:
Classificação etária: Livre
Duração:55'
Provocação artística e direção em Palhaçaria: Andréa Macera
Dramaturgia e roteiro: Silvia Góes
Fragmentos de textos das peças: Caetana (Moncho Rodriguez e Weydson Barros Leal), Esse Estranho Desejo (João Falcão), Divinas (Marcelo Pelizzoli, Samarone Lima e Silvia Góes)
Trilha Sonora: composta com fragmentos das trilhas de Narciso Fernandes (Caetana) , Siba e Gui Amabis (A Árvore de Júlia) , Beto Lemos (Divinas e A Dona da História)
Operação de som: Hugo Coutinho
Desenho e operação de luz: Natalie Revoredo
Figurino e maquiagem: Fabiana Pirro e Lívia Falcão
Costureira: Expedita
Fotos da estampa do vestido: Léo Ferrario
Desenho de cenário: Nara Menezes
Execução de cenário: Mário Almeida
Ilustração e identidade visual: Morgan Leon
Trabalho de corpo e alma: Sílvia Góes
Documentário em construção: Déa Ferraz
Colaboração afetiva, cósmica: Clara Chaves / Espaço Tempo Xammaiar
Assistência de Produção: Olga Ferrario
Idealizado e realizado por Lívia Falcão
Realização: Duas Companhias





Sopro d'água  - Gabriela Holanda - Olinda
Dia 24/10 - Teatro Lício Neves (22h)

Mulher, que não consegue se reter a sua imagem e identidade, derrete, transfigura- se em água e se dilui em chuva, rio e oceano infinito. Submergida na materialidade d’água-corpo-ambiente, a dançarina mergulha em fluxos que deságuam numa dança de estados corporais, memórias, imagens e mitos d’água. Na criação, a água é concebida como uma materialidade ancestral-geológica que transpassa e intercomunica corpos, tempos e espaços, sendo sustentada pela compreensão de que a mesma água que circula no corpo, transpassou e transpassará diferentes corpos e ambientes.

Ficha técnica:
Classificação etária: 14 anos
Duração: 50'
Concepção: Gabriela Holanda
Direção: Daniela Guimarães
Dançarina: Gabriela Holanda
Figurino e cenário: Gabriela Holanda
Direção Musical: Thiago Neves
Músicos: Thiago Neves e Jam da Silva
Vídeomaker: Tonlin Cheng
Iluminação: Natalie Revorêdo
Projecionista: Milena Marques



Meia Noite - Orum Santana - Recife
Dia 25/10 - Teatro Rui Limeira Rosal/Caruaru (20h)

O espetáculo é sobre a relação de Orun Santana com a figura do mestre Meia-noite e sobre as relações entre esses corpos que o solo vem compartilhar com o publico suas questões e problemáticas de construção identitária. Orun mergulha em seus processos formativos artísticos educacionais, abrindo questões sobre corpo e a memória, enquanto artista, educador, negro, periférico e em constante relação com as de seu pai.
O solo iniciou como um “re-enactment” (re-performance) do solo de capoeira do Mestre Meia- noite no espetáculo Nordeste do Balé popular do Recife e continuou como pesquisa posterior para a construção do espetáculo. É explorada a capoeira como elemento criador e motivador do movimento, construindo um procedimento de uso da memória corporal como elemento criador, dialogando dramaturgicamente na relação pai e filho, mestre e discípulo. São utilizadas dinâmicas que buscam construções de imagens e estados corporais como via de investigação em cena.

Ficha técnica:
Classificação etária: 10 anos
Duração:50'
Intérprete-criador diretor: Orun Santana
Consultoria artística: Gabriela Santana
Assistente de Direção: Júnior Pereira Lima
Trilha Sonora: Vitor Maia
Iluminação: Natalie Revorêdo
Cenografia e figurino: Victor Lima
Produção: Danilo Carias |Criativo Soluções



Das Coisas Dessa Vida - Ricardo Fagundes - Salvador
Dia 25/10 - Teatro Lício Neves - (22h)

Com direção de João Miguel e atuação de Ricardo Fagundes espetáculo reflete sobre as adversidades e superações da vida. Em seu mais novo trabalho nos palcos, João Miguel dirige o ator Ricardo Fagundes em “Das ‘coisa’ dessa vida...”. Com texto de Gildon Oliveira e canção-tema do personagem composta e interpretada por Rebeca Matta, o solo dá voz a Nalde, um artista que compartilha com o público suas histórias enquanto se arruma para uma performance. Interiorano e sonhador, ele recorda que desde criança sente prazer em se fantasiar e passar horas se apresentando para plateias imaginárias. Contudo, ao perceber os olhares e comentários repressores sobre seu comportamento, tenta se enquadrar nas regras sociais para não sofrer, até que um dia, percebe que não nasceu para agradar os outros, então decide ser ele mesmo e vai viver a vida que sempre desejou. “O personagem sai do seu interior e das catalogações impostas para poder existir”, declara João Miguel.

Ficha técnica
Classificação etária: 14 anos
Duração: 50'
Direção: João Miguel
Texto: Gildon Oliveira
Atuação: Ricardo Fagundes
Cenário: Zuarte Jr
Iluminação: Luiz Guimarães
Canção-tema do personagem: composta e interpretada por Rebeca Matta, participação de João Miguel e arranjos de Luisão Pereira.
Assessoria de imprensa e redes sociais: Maurício Ferreira
Produção: Contra Regra Produções



Antílope - Flávia Pinheiro - Recife
Dia 26/10 - Teatro Lício Neves/Caruaru (17h)

ANTÍLOPE é uma PERFORMANCE PARLANTE que aglutina uma série de experimentos com sensores , movimento e ruídos.
Fugir, escapar, sobreviver é o desafio deste ANTÍLOPE , deste solo, deste animal que desgarrado da manada busca encontrar sentido para sua condição humana . A pergunta sobre a sua verticalidade , sua contralateralidade, seus reflexos e padrões motores que o humanizam são os mesmos da natureza que o destroem.
Onde colocamos a cabeça? Como a orientação dos olhos nos torna predadores, caçadores , destruidores e peça fundamental no neoliberalismo que consome e habilita a cooptação de tudo.
Apostar na dissonância e radicalidade de invocar o devir animal que não cessa de ser deslocar. Qual a conexão filogenética do Antílope que nos impulsiona para a nossa verticalidade humana?
Um curto circuito ontogênico na espécie que habilita a potência e a vitalidade no corpo, suas deformidades e alteridades.


Ficha técnica:
Classificação etária: Livre
Duração:45'
Criação e performance: Flávia Pinheiro
Programação e ruídos: Leandro Oliván
Artista Sonoro: Yuri Bruscky
Pesquisadores: Leandro Oliván e Flávia Pinheiro
Coordenador da Pesquisa: Claudio Lacerda
Design Gráfico: Guilherme Luigi
Desenhos: Renato Valle


Julieta Mais Romeu - Grupo Asavessa de Teatro - Natal
Dia 26/10 - Estação Ferroviária de Caruaru (20h)

O Espetáculo “Julieta mais Romeu” traz um dos maiores clássicos de Shakespeare para o cenário do interior nordestino, em um universo da comédia popular e de rua, dando um novo olhar à obra. Envolta por canções, cantadas e tocadas pelos personagens, a peça é narrada por seis convidados da grande festa que celebra a trégua entre as famílias de Romeu e Julieta, os Montéquio e os Capuleto. Os narradores relembram toda a história do casal símbolo universal do amor eterno, dando um tom cômico às tragédias shakespearianas, através de ilustrações das cenas vividas e de “pitacos” na relação proibida dos dois. Discute-se o amor e os conflitos políticos que permeiam esse ícone da dramaturgia universal.

Ficha técnica:
Classificação etária: Livre
Duração: 50'
Direção: Paula Queiroz
Atuação: Deborah Custódio, José Medeiros, Caju Dantas, Gláucia de Souza, José Medeiros, Leo Ravir e Salésia Paulino.
Adaptação dramatúrgica a partir
do texto de William Shakespeare: Camilla Custódio, Deborah Custódio e José de Medeiro s
Cenografia: Fernando Yamamoto
Direção musical: Caio Padilha
Direção de movimento: Dudu Galvão
Iluminação: Ronaldo Costa
Figurino: André Martins
Preparação Vocal: Mayra Montenegro
Preparação Corporal: Thasio Igor
Cenotécnica: Rogério Pereira
Consultoria de Figurino: João Marcelino
Consultoria de Encenação: Fernando Yamamoto