BUDEGAS, mais que vendinhas, elos! por Gustavo Costa

por Taciana Oliveira__


BUDEGAS, mais que vendinhas, elos! é uma exposição promovida por nove artistas cearenses. Ela dialoga com a memória e geografia afetiva da periferia, revelando sons, imagens e palavras desse cotidiano periférico.
Gustavo Costa, um dos artistas, explica: A Budega cearense é espaço de “manutenção da nossa vida". Nas seções Fotogramas e Corredor de Criação iremos apresentar uma série com algumas das obras expostas no Carnaúba Cultural. A nossa sexta publicação apresenta o trabalho do fotógrafo  Gustavo Costa.



Fotografia: Gustavo Costa


Fotografia: Gustavo Costa


Fotografia: Gustavo Costa


Fotografia : Gustavo Costa


Fotografia: Gustavo Costa



Bodegas: De caderneta na mão, eu sempre ia às bodegas comprar o que era necessário para fazer o almoço, a merenda da tarde, e para as outras tantas demandas da casa. As bodegas são um pedaço grande da minha memória afetiva, lembro com o olhar de criança que desejava as guloseimas nas prateleiras. Em um mundo centrado nos moldes capitalistas, as bodegas superam as relações mecânicas de compra e venda, nasce aí o lugar do encontro, um "point" para descontração e trocas de ideias. As fotos presentes nesse ensaio, são da bodega do seu Francisco Góis, comerciante local, residente no bairro Sabiaguaba, periferia da cidade de Fortaleza

Texto de Gustavo Costa

Catálogo da Exposição


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Gustavo Costa, 27 anos, fotógrafo integrante do Coletivo Zóio, militante do Movimento Negro, e atualmente professor do Ateliê de Fotografia do Centro Cultural do Bom Jardim. Nos últimos anos atua na formação de fotógrafos ministrando oficinas e cursos em instituições públicas e de iniciativas livres, além de produzir trabalhos autorais participando de exposições individuais e coletivas. Fotografa para dizer além da palavra, acreditando na fotografia como ferramenta de mudança social.




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Taciana Oliveira é mãe de JP, cineasta, torcedora do Sport Club do Recife, apaixonada por fotografia, café, cinema, música e literatura. Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser ouvir: Ter bondade é ter coragem.