por Taciana Oliveira__
BUDEGAS, mais que vendinhas, elos! é uma exposição promovida por nove artistas cearenses. Ela dialoga com a memória e geografia afetiva da periferia, revelando sons, imagens e palavras desse cotidiano periférico.
Gustavo Costa, um dos artistas, explica: A Budega cearense é espaço de “manutenção da nossa vida". Nas seções Fotogramas e Corredor de Criação iremos apresentar uma série com algumas das obras expostas no Carnaúba Cultural. A nossa terceira publicação apresenta o trabalho da fotógrafa Lucianna Silveira.
Budega do Seu Valente/ Fotografia: Luciana Silveira |
Budega do Seu Valente/ Fotografia: Luciana Silveira |
Budega do Seu Valente/ Fotografia: Luciana Silveira |
Budega do Seu Valente/ Fotografia: Luciana Silveira |
Budega do Seu Valente/ Fotografia: Luciana Silveira |
* A
budega aqui exposta não possui um nome oficial, mas foi e é
popularmente e carinhosamente conhecida como Budega
do Valente, isso porque o homem baixinho de bigode, com
blusa de botões quase sempre abertos atrás do farto balcão, assim
se chama. A Budega do seu Valente se localiza no município de
Acaraú, há cerca de 255 km de Fortaleza, especificamente
numa cidadezinha chamada Juritianha. A budega é um dos pontos
principais onde fica o comércio mais próximo da região, que
atende, principalmente, aos consumidores das zonas rurais próximas.
Ela
fica na
Rua Maria Adéze Alburquerque,
esquina com a Rua
Livino Graciano da Silveira,
e é um pequeno quartinho que funciona desde novembro de 1990, uns
dos mais antigos do lugar. No entanto, não é o primeiro comércio
que Valente
está a frente, ele, que se diz estar "enfadado"
da rotina de trás do balcão, já executa a atividade há 49 anos.
Texto: Lucianna Silveira
Catálogo da Exposição |
_______________________________________________
Lucianna
Silveira
é metade moradora do Jangurussu,
metade da zona rural de Acaraú.
Formada em Jornalismo,
fotógrafa
desde 2014, e teve seu primeiro contato com o audiovisual por meio de
trabalhos no Coletivo
Tentalize,
a qual compõe desde 2016. Também faz parte do grupo Drible
Feminino,
que acompanha o cenário do futebol feminino e do Coletivo
de Fotografia
Perigrafia.
Participou de diversos projetos e atividades de comunicação na Rede
Cuca,
tais como o Programa
Conexões Periféricas,
os projetos Espaço
Juventude
e Repórter
Cuca,
entre outros. Recentemente produziu o documentário O
peso do meu som,
um trabalho de conclusão de curso, sobre o grupo de percussão
Batuque
de Mulher.
______________________________
Taciana
Oliveira é mãe de JP,
cineasta, torcedora do Sport Club do Recife, apaixonada por
fotografia, café, cinema, música e literatura. Coleciona memórias
e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser ouvir:
Ter bondade é ter coragem.