por
Rebeca
Gadelha __
“Quarentena”
ou “Diários de Quarentena”
é uma série de pinturas digitais em tons de cinza, feitas com o
auxílio de mesa digitalizadora Wacom
Intuos
e programa
Paint Tool Sai. As ilustrações
retratam mulheres em seu dia-a-dia no contexto de isolamento social e
refletem sobre as novas situações e os sentimentos que este tem
provocado em todos nós, tanto os bons quanto os ruins: é tanto
sobre a (re)descoberta de novos (ou velhos) prazeres quanto sobre se
sentir esmagado por uma rotina limitante, é sobre estar de boas ou
mortalmente entediado olhando para o teto. Além disso, a série
começou como uma forma de lidar com meus próprios sentimentos a
respeito do isolamento social, principalmente com a retirada dos
ônibus metropolitanos, o que me deixou praticamente isolada no
distrito central do município. Ainda não há perspectiva para o
final da quarentena, assim como não há para o final da série, que
até o momento tem 11 pinturas, todas disponíveis através do
instagram e atualizadas semanalmente. Foi também com esta série que
consegui participar de minha primeira exposição, ainda que virtual,
a “Arte em Tempos de Covid-19”
do Museu de Arte da Universidade Federal
do Ceará (MAUC).
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Rebeca
Gadelha nasceu no Rio em agosto de 1992, cresceu em Fortaleza, na
companhia dos avós. Geógrafa sem senso de direção, artista
digital, é apaixonada por animes, mangás, games e chá gelado. Tem
medo de avião e a única coisa que consegue odiar de verdade é
fígado. Foi responsável pela diagramação, ilustrações e
concepção visual em Manifesto Balbúrdia Poética: 80 tiros
(CJA Editora), Coordenação, Designer e ilustrações em
Laudelinas (Editora Nada Estúdio Criativo), participa
da coletânea Paginário,
publicada pela Editora Aliás. Atualmente escreve para as
revistas do Medium Ensaios sobre a Loucura e Fale com Elas
sob o pseudônimo de Jade.
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