Campanha de Financiamento do doc Bestiário na Estrada
setembro 19, 2020
Divulgação__
Em
todas as tradições, sempre houve um lugar para o fantástico, o
absurdo, o delirante que desafia nosso mundo visível. O Grotesco é
o subterrâneo da realidade humana, um espaço onde se aniquila o
ordenamento do universo. Entretanto, os monstros que outrora eram
criados habitando as profundezas dos oceanos, das florestas e dos
infernos perderam seu espaço na terra e a eles restou somente o
imaginário. E é na arte que muitos desses seres realizam sua mais
bela manifestação. Goya, Bosh, Brueguel são
alguns dos muitos artistas que pintaram e gravaram os medos e
pesadelos da humanidade. A cultura nordestina também cria e recria
seu próprio bestiário.
O
Projeto "Bestiário na Estrada" propõe o registro
de uma viagem de 4.500 km em busca desse imaginário presente nas
festas de Caretas e Caboclos, nos Reisados e folguedos, nas carrancas
do Rio São Francisco, nas fantasias tradicionais de carnaval do
litoral baiano e paraibano, nos Cavalos-Marinhos de Pernambuco.
Através
da plataforma de financiamento coletivo Benfeitoria iremos pleitear o
custo da viagem, produção e edição do documentário, que será
exibido com exclusividade para os apoiadores do projeto.
O
valor arrecadado será dividido nos custos da viagem e produção do
documentário, taxa da plataforma e recompensas/envio. É uma campanha
"tudo ou nada", ou seja, se a meta não for
alcançada o dinheiro será devolvido aos apoiadores. Esse
projeto só será possível com a participação de todos. Então
preparamos algumas RECOMPENSAS para nossos apoiadores:
*
Seu nome nos créditos do documentário como agradecimento, ingressos
para a estréia do filme no Cine Teatro São Luiz - Fortaleza/CE e o
link para ver o vídeo com exclusividade. Catálogo da exposição
Bestiário Nordestino. Xilogravuras do artista Nilo - Juazeiro do
Norte/CE. Ele que tem um vasto trabalho dentro da perspectiva do
fantástico, do grotesco e das assombrações da região do Cariri.
Registo dos Caretas de Potengi feito pelo talentoso Samuel Macedo,
fotógrafo com um rico trabalho retratando também a região do
Cariri. Foto do premiado fotógrafo Vinicius Xavier.
Rafael
Limaverde é xilogravurista, grafiteiro, designer e ilustrador.
Teve sua primeira exposição de pinturas e infogravuras intitulada
"Caos" - Fortaleza/CE (2000). A segunda sob o título
"Xilofagia", com 14 xilogravuras homenageando
personalidades e manifestações importantes da cultura nordestina -
Fortaleza (2002). Ex-integrante do grupo Acidum, expôs na
Funarte (São Paulo/ SP e Rio de Janeiro/RJ), Salão de Abril
(Fortaleza/ CE) e Mostra Sesc Cariri (Crato/CE). Foi curador da
exposição Eco Barroco no CCBNB (Centro Cultural Banco do
Nordeste) - Fortaleza (2011) e da exposição Bestiário
Nordestino, na Multigaleria - Centro de Arte e Cultura Dragão do
Mar - Fortaleza (2017). Como grafiteiro, realizou trabalhos em quatro
edições do Festival Concreto - Fortaleza (2013, 2015, 2016, 2017) e
Festival Bahia de Todas as Cores - Candeias/BA (2017). Pesquisa,
atualmente, desenhos, pinturas, gravuras e assemblages, tendo como
referência a cosmovisão sagrada e profana do Nordeste.
Marquinhos
Abu é Grafiteiro, arte educador, produtor e membro do Coletivo
Aparecidos Políticos, participou da curadoria do
AteliêAparecidos Políticos no Sobrado José Lourencp, em
Fortaleza/CE. No município de Crato/Ce, Abu desenvolveu o projeto
Retratos de Memória do Gesso, com o registro e pintura em
stehcil de moradores históricos da comunidade. Participou, também,
da produção do projeto Oco do Mundo, gravado no sertão
nordestino, e do documentário “Desbravadores - Street View
Trekker”. Compõe, ainda, a equipe de produção do Concreto
Festival Internacional de Arte Urbana, além de seguir participando
de festivais de grafite pelo Brasil. Recentemente, fez parte da
Caravana Concreto no México, participando do Festival Ciudad
Mural. Marquinhos Abu é um dos curadores da exposição
Bestiario Nordestino - Um olhar sobre a gravura fantástica,
que esteve em cartaz em 2017 no Dragão do Mar e que, agora, segue em
circulação pelo Brasil.
Henrique
Dídimo nasceu em 1972, em Fortaleza, Ceará, onde vive e
trabalha. É realizador audiovisual, professor e escritor. No meio
audiovisual, atua como diretor, roteirista, fotógrafo e editor. Como
documentarista, tem realizado dezenas de filmes, de curta, média e
longa-metragem. Muitos deles, com teor etnográfico e antropológico,
como os documentários de longa-metragem "Cocos de Beira-Mar"
(2012) e "Suassuamussará" (201 5), em parceria com
o SESC, sobre os povos indígenas do Ceará. Também trabalha no
cinema de ficção e na videoarte. Na área de educação, tem atuado
SENAC, CCBJ, na Escola de Audiovisual de Fortaleza / Vila das Artes
(2007 a 2016) e como coordenador edagógico e professor do projeto
Formação de Cineastas Indígenas (2017) e da Escola de
Cinema Indígena Jenipapo-Kanindé (2018). Na literatura, entre
outros trabalhos, publicou contos e poesias em revistas e livros.
Lançou dois livros de literatura infantil e atua também como
dramaturgo.