Laudelinas III

 


por Taciana Oliveira __






Você pode me fuzilar com palavras

E me retalhar com seu olhar

Pode me matar com seu ódio

Ainda assim, como ar, vou me levantar


Tradução do poema “Still I Rise”, de Maya Angelou



Sim, nós chegamos em 2021 sobrevivendo ao descaso, aos corpos empilhados, as filas nos hospitais. Estamos na linha de frente, somos o alvo “perfeito”, mas ainda teimamos em respirar. Nesta edição de Laudelinas ofertamos a insurgência, o afeto e a esperança. Viver na corda bamba é fincar na carne fortaleza. Não se enganem, a jornada é áspera, mas desistir não nos contempla. Não à toa os versos de Violeta Parra em Gracias a la vida cantam por nós:


Obrigado à vida, que me tem dado tanto,

Me deu o coração, que abala seus limites

Quando olho o fundo do cérebro humano

Quando olho o bem tão longe do mal

Quando olho o fundo de teus olhos claros


Obrigado à vida, que me tem dado tanto,

Deu-me o riso e me deu o pranto,

Assim eu separo felicidade de quebranto,

Os dois materiais que formam o meu canto,

E o teu canto, que é o mesmo canto,

E o canto de todos, que é meu próprio canto.


Participam:


Águeda Amaral

Amanda Vital

Cinthia Kriemler

Constança Guimarães

Iaranda Barbosa

Jéssica Ziegler de Andrade

Márcia Sandy

Rosa Morena

Thamyres Sampaio

Vitória Andrade

Yvonne Miller


Editora Chefe

Taciana Oliveira


Conselho Editorial

Argentina Castro

Liliana Ripardo

Taciana Oliveira


Designer editorial

Rebeca Gadelha 


Download: clica aqui



 





Taciana Oliveira é mãe de JP, comunicóloga, cineasta, torcedora do Sport Club do Recife, apaixonada por fotografia, café, cinema, música e literatura. Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser ouvir: Ter bondade é ter coragem.