por Taciana
Oliveira___
No documentário
“A pequena grande fazenda”, lançado em 2018, um casal se despede da
cidade de Los Angeles para construir em 200 acres, situados em uma região árida
da Califórnia, a propriedade dos seus sonhos. O filme apresenta o esforço deste
mesmo casal e da sua equipe de voluntários e trabalhadores, durante o período
de oito anos, na transformação de um habitat inóspito em um ambiente totalmente
funcional, recuperando a biodiversidade da flora e fauna desse território. Molly,
uma blogueira e chef de cozinha, e John, um cinegrafista que viajava o mundo
filmando a vida selvagem, prometeram partilhar suas vidas com um propósito comum:
morar em uma fazenda sustentável.
John Chester,
que também dirige o documentário, logo nos minutos iniciais destaca: Todo mundo disse que a nossa ideia era
maluca, que praticar agropecuária em harmonia com a natureza seria imprudência,
e talvez, até impossível. Mas o mais louco é que tudo isso começou com uma
promessa que fizemos a um cachorro. (...) Todd, nos encheu de propósito.
Todd, o
impulsionador dessa história, ganharia um novo lar e seus latidos não mais
incomodaria os vizinhos. A pequena grande fazenda segue um poético e
delicado ritmo de montagem apoiado no seu rico acervo de imagens, e principalmente
nos depoimentos de John e Molly Chester, que costuram suas memórias redesenhadas em uma narrativa cronológica e afetiva. Tudo se revela no
enfrentamento da realidade: nas descobertas e na impossibilidade de conter a
ordem definida pela natureza, no ressignificar da participação do homem na preservação
do meio ambiente, na "coreografia" responsável pela coexistência: Não se tratava
mais de provar a nós mesmos que esse modo de agropecuária dava certo.
Onde assistir: Telecine e Globo Play
Taciana
Oliveira é mãe de JP, comunicóloga, cineasta, torcedora do Sport Club do
Recife, apaixonada por fotografia, café, cinema, música e literatura. Coleciona
memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser ouvir: Ter
bondade é ter coragem.