Recife
Anfíbio é um projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc (sob incentivo do governo
do Estado de Pernambuco), categoria literatura.
Apesar de ser um projeto de literatura, ele é integrado a outras artes
como a fotografia e a música.
No
entrecruzamento de olhares, nasce a visão dos fotógrafos Kleber Santana (autor
do projeto fotográfico “Arrepara Visse”, participante da exposição
“(Em)quadrados: Olhares em Quarentena”) e Gisele Carvallo (licenciada em
Letras, pós-graduanda em Fotografia, participação nas exposições: Um olhar sobre a Minha Terra, 2017; Pernambuco, um Olhar Particular, 2018; Do
Caos à Coragem, 2019; Recife Poesia, 2020, entre outras) e do poeta
Alexsandro Souto Maior (licenciado em Letras, pós-graduado em Literatura
Brasileira, vencedor do Prêmio Ariano Suassuna de Dramaturgia, 2018, e menção
honrosa pela Academia Pernambucana de Letras, poesia, em 2019, entre outros) sobre
a história, o cotidiano como também a geografia física e social da cidade do
Recife. A dualidade de elementos se desdobra a fim de trabalhar não só a
beleza, mas a realidade, a história e as peculiaridades do município. Além
disso, os artistas envolvidos almejam sensibilizar o pertencimento dessa
capital pelos seus nativos.
A
produção artística consiste em dez vídeos curtos criados a partir do poema
Recife Anfíbio. A cada semana, dois vídeos (quinta-feira e sábado) são lançados
no canal do YouTube e Instagram, sob a locução do autor do poema, edição de
Gisele Carvallo e trilha sonora de Kleber Santana (licenciado em Música,
especializado em instrumento de cordas e sopro, diretor musical e pesquisador
da música nordestina), composta exclusivamente para o projeto. Agregado aos
vídeos, será lançado e-book gratuito com fotos e poemas.
Abaixo uma playlist com os vídeos já lançados no canal do YouTube. E na sessão Fotogramas desta semana, temos uma edição especial apresentando fotografias concebidas para o projeto Recife Anfíbio, por Gisele Carvallo e Kleber Santana.
Gisele Carvallo - É uma fotógrafa e poeta venezuelana que mora no Brasil há 13 anos. Pernambucana de coração, além de fotógrafa, ela é formada em letras, tradução e pós-graduanda em fotografia. Encontrou na fotografia a sua paixão e entrelaçou-a com seu amor pela poesia. É professora de fotografia e fotógrafa de rua, paisagem e natureza. Participou das exposições "Um Olhar sobre a Minha Terra", 2017; "Pernambuco, Um Olhar Particular", 2017; participou como organizadora, curadora e expositora da Amostra Fotográfica “Retalhos de Luz: Encantos de Amaraji” para a prefeitura de Amaraji, PE, em 2019; foi participante da exposição individual "Do Caos à Coragem" no Manifesto Sinspire do Planeta, 2019; foi organizadora, curadora e participante da exposição “(Em)quadrados: Olhares em Quarentena”, 2020. A fotógrafa também teve quatro fotografias premiadas pela revista National Geographic do Brasil.
Alexsandro Souto Maior - Escritor, ator, diretor de teatro, produtor cultural, ator e professor de literatura. Em 1995, começou a fazer teatro. Ele teve seus primeiros poemas publicados em 1997 nos jornais O pão e Diário do Nordeste, ambos do Ceará. No ano de 1999, atuou na peça O Público, de Federico Garcia L'orca, e Antônio Conselheiro, de Joaquim Cardoso. Em 1999, ao fundar com Eron Villar o Engenho de Teatro, iniciou a sua trajetória na dramaturgia com O terceiro dia. Foram dezenas de peças de teatro como Luzia no caminho das águas (2005) 3º lugar no Prêmio Funarte de Dramaturgia (assinou a direção e as músicas com Eron Villar); Jeremias e as Caraminholas (2011), ambas para criança e juventude; Mariano, irmão meu, Prêmio Cidade de Manaus, teatro adulto, 2011. No ano seguinte, estreou a peça Mariano, irmão meu, atuando ao lado de Tatto Medinni, sob direção de Eron Villar. O autor também escreveu Alcateia, 2016; O discurso do Rato, 2018/2019. Eu e os Avelós, Prêmio Cidade de Manaus, categoria Teatro Adulto, 2017; Tempo de Flor, Prêmio Ariano Suassuna 2018, categoria de teatro para criança e juventude. Em 2019, a peça foi montada pelo Grupo Pé de Vento de Arcoverde. Além dos textos dramatúrgicos, ele é autor das obras literárias: Servis Amores Senis, conto, (2010); Árido, poesia, (2015); Inflamável, poesia, 2019. A Seiva, Menção Honrosa pelo Prêmio Edmir Domingues, categoria poesia, concedida pela Academia Pernambucana de Letras (2019).
Kleber Santana - Kleber Severino de Santana é licenciado em música na Universidade Federal de Pernambuco. Multi-instrumentista e autodidata, participou de diversas atividades artísticas, especializando-se em instrumentos de cordas e sopros. Pesquisador da música regional do nordeste brasileiro, atualmente atua como diretor musical e instrumentista do grupo Zambiola, que pesquisa a influência da música nordestina no cenário nacional, bem como a influência da música mundial na música nordestina. Desde a infância coexistiam as paixões pela música e fotografia. Pesquisou em livros, mas não conseguira naquele período, avançar muito no manejo da SLR Zenit (câmera analógica) e a paixão pela imagem ficou restrita apenas à condição de público, apreciador. Algumas décadas depois, teve acesso a uma DSLR que fez renascer a vontade de falar ao mundo com a fotografia, através do projeto “Arrepara Visse?”. Desde então, de forma autodidata, procura compreender essa linguagem universal.