por Divulgação__
TORMENTO
Sinopse:
Duas mulheres e um homem. Condenados. Trancados.
Forçosamente conectados a uma reunião on-line.
O que aconteceu? Por que eles estão assim?
Nus. Abandonados.
Estão mortos?
Que lugar é esse? Quem são eles e como chegaram até aí?
Ficha Técnica:
Dramaturgia: Eucir de Souza
Com Fernanda Viacava, Marcio Mariante e Rosana Stavis.
Direção: Eucir de Souza
Direção de imagem: André Grynwask
Produção: Eneida de Souza
Uma realização de Clotilde Produções Artísticas
Serviço:
As apresentações serão on-line e ao vivo, transmitidas
através da plataforma Sympla.
Link para acessar o ingresso gratuitamente: https://url.gratis/Iwsjx
Nos dias 19,20,21,22,26,27,28 e 29 de março de 2021.
De sexta a segunda sempre às 23 horas.
Classificação: 18 anos
Duração: 40 minutos.
Haverá uma conversa com o público após todas as sessões.
Sobre o espetáculo:
Está surgindo uma nova
linguagem, não é teatro, não é cinema, não é TV. Por um lado perdemos a
presença física incomparável que existe no teatro, o clima de um filme no
cinema e outras características inerentes a essas linguagens. No entanto, algo
de muito profundo acontece nas peças feitas para exibição on-line. Não estamos em um cenário. Não assistimos em
uma sala especial para esse fim. É tudo muito cru, e chega a ser cruelmente
intimo. As pessoas revelam suas casas e seus interiores de uma forma que sempre
buscamos mas nunca havíamos atingido nas outras linguagens. No caso específico
de Tormento, temos três interpretes com alta qualidade técnica e com sede de
colocar as questões que lhes tocam. Assistir a performance deles, soa como uma
invasão. Eles estão expostos. Isso torna esta experiência única.
Sobre a dramaturgia:
O texto foi escrito a partir
da criação dos atores, em improvisações guiadas pela obra de artistas como Jean
Paul Sartre, David Linch, José Mogica Marins, Matisse, Marilyn Manson e pela
tentativa de entender o momento histórico único pelo qual estamos passando. O
resultado é fragmentado e violento. Cômico e dramático. Triste e patético. Sem nenhum compromisso com pudor ou ética,
três pessoas revelam suas verdadeiras faces. São forçados a conviver e a
estarem sós ao mesmo tempo.
Personagens:
José Garcia: Ele mesmo se apresenta como
empresário da saúde. Administrador de clínicas particulares e públicas,
desviava o dinheiro destinados aos insumos, equipamentos e pessoal. Aplicava,
dobrava e só depois concluia as compras e os pagamentos, até que... um dia não
deu tempo...
Rosa: Fazia um trabalho com a comunidade,
transformava as crianças em artistas, dava um futuro para elas, e nem cobrava o
book. Muitas fizeram sucesso. Foi acusada, injustamente segundo ela, de abusar
dessas crianças. Um dia duas delas abriram o gás enquanto ela dormia...
Stella Saparolli: É uma estrela. Nunca
trabalhou. Uma vida dedicada a satisfação dos próprios desejos. Amava sua
mansão, suas roupas, seus sapatos, sua banheira, a bebida, a comida. Os
empregados, não. Um dia deu uma surra numa arrumadeira, ela não denunciou, como
poderia? Mas estava com covid e não avisou. Foi abandonada, sozinha, ninguém
apareceu ou foi chamado para ajudar...
Histórico deste coletivo
Eucir de Souza é um artista, radicado em São
Paulo desde 1989, onde cursou a E.A.D.
na U.S.P., e onde atuou e dirigiu em torno de 60 espetáculos. Em alguns
deles encontrou Fernanda Viacava, de onde surgiu uma forte
identificação, pessoal e profissional e o desejo de seguirem juntos nos
trabalhos e nas pesquisas.
Por ocasião de sua participação em obras audiovisuais, no
cinema, na TV e na internet, o ator e diretor, também se encontrou, no
trabalho, com artistas de todo o Brasil, de onde nasceu o reconhecimento
artístico e a vontade de estar ao lado dos atores Marcio Mariante e Rosana
Stavis, do Rio de Janeiro e de Curitiba, respectivamente. Em tempos
normais, eles seriam convidados a vir a São Paulo, para que pudéssemos
desenvolver um trabalho juntos.
Nestes tempos pandêmicos, e com o advento dos trabalhos
on-line, uma vertente artística que se afirmou, pelo seu grande valor, estas
distancias se encurtaram e podemos estar juntos já agora.
Em outro trabalho, já on-line, surgiu a parceria entre ele e
André Grynwask, responsável por maravilhosas intervenções visuais em vários
premiados espetáculos na capital paulista.
Aqui ele foi convidado a ser diretor visual.
Também foi convidada a se juntar ao grupo a produtora Eneida
de Souza, que já foi responsável por produzir grupos de renome aqui na
capital paulista, como a Cia Livre, os Crespos, as Graças, os
Fofos, entre outros.
Iniciamos então, há uns dois meses mais ou menos, nossos
encontros virtuais, para falarmos de questões que pensamos ser relevantes para
este momento, dentro da nossa sociedade.
O que tem nos causado a pandemia, o isolamento. Como reagem
as pessoas e por quê. Focando no negacionismo e suas nefastas consequências no
nosso país.
Então chegamos a obra de Sartre, “Entre Quatro Paredes”,
sobre a qual temos nos debruçado, e a partir da qual, estamos criando estes
três personagens e suas relações, neste ambiente post mortem.
Atualmente, estamos construindo sobre sua ideia de que por
ser livre e responsável por si mesmo, o ser humano também se torna responsável
pela humanidade por meio das escolhas que faz.