por Divulgação__
Tio Zé
Bá
denuncia problemáticas sociais em videoclipe de “Estado Caducante”
Movimentos como o Black Lives Matter e
reflexões acerca de questões sociais do atual contexto brasileiro ilustram o
novo videoclipe do grupo pernambucano de reggae music Tio Zé Bá, para a
canção “Estado Caducante”. Dirigido pelo cineasta Flávio Andrade e construído
em parceria com o ator Juliano Varela, o novo trabalho foi lançado neste
domingo (18) e é o segundo título da leva de produções audiovisuais do EP “Homem
Solidão”, lançado em junho nas plataformas digitais. A obra está disponível
no canal oficial no Youtube da banda.
A
violência policial nas favelas brasileiras, assim como o desmatamento na
Amazônia e a repressão às mobilizações sociais também são alguns temas
fortemente presentes na canção e reforçados pelo videoclipe, realizado de forma
independente. “A música relata, inicialmente, uma situação de violência
sofrida por mim em 2019. No entanto, ao longo da produção, percebi que o
problema não era só meu, era de várias pessoas ao redor do mundo”, explica
o músico integrante da Tio Zé Bá e compositor de “Estado Caducante”,
Maércio José.
O
videoclipe conta com performance do ator e educador Juliano Varela.
Criada originalmente como videoarte para as redes sociais, com o título
Experiência-Brasil, a interpretação ganhou corpo e foi lapidada para inserção
no clipe de “Estado Caducante”. “Esse experimento expressa uma ideia
híbrida, de um país que sufoca ao mesmo tempo em que é sufocado. Seu símbolo
maior, a bandeira nacional, é transformado em artefato asfixiado e asfixiante”,
descreve Juliano.
A
música “Estado Caducante” é a primeira faixa do EP “Homem Solidão”,
lançado no mês de junho. No álbum, a canção também ganha uma segunda versão,
remixada em dub - gênero musical eletrônico oriundo do reggae - pelo engenheiro
de áudio e produtor musical pernambucano Buguinha Dub.
Tio Zé Bá - Nascida como um projeto paralelo ao grupo Apocalypse Reggae, em Petrolina-PE, a banda Tio Zé Bá assume local de destaque e de referência na cena reggae do Vale do São Francisco há 15 anos. Sempre abrindo espaço para a discussão de temáticas ligadas às periferias, ao resgate da ancestralidade africana e a aproximação com a cultura pernambucana, o conjunto participou de diversos festivais do Brasil, como o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), Festival Pernambuco Nação Cultural e o Aldeia do Velho Chico.