Divulgação/BoniPeixe – Comunicação e
Fotografia
Editora Penalux lança Diário da
Pandemia, do jornalista Henrique Fernandes, no dia 5 de outubro, no Riopreto
Shopping Center
No começo de 2020, o mundo foi
surpreendido pelo anúncio da pandemia de Covid-19. Os primeiros casos da doença
foram reportados na China, proliferaram-se e atingiram quase todos os países,
caracterizando-se como um grave problema sanitário. Um brasileiro, que buscava
obter dupla cidadania, encontrava-se em um dos epicentros mais letais do vírus:
a Itália. O país europeu produziu imagens duras, de guerra, que até hoje causam
comoção. O jornalista rio-pretense Henrique Fernandes permaneceu na Itália
de fevereiro a julho de 2020 e viveu o início da pandemia da Covid-19 no país.
Como forma de aplacar a saudade da família e ocupar a cabeça enquanto a Itália
colapsava, ele começou a escrever um diário, com crônicas inspiradas no que
vivia. Os textos foram publicados na imprensa, de São José do Rio Preto (SP), e
em outras mídias. O autor mostrou nos relatos como se comportavam as pessoas, a
postura dos governos, falou sobre costumes, abordou a solidão, medo de morrer
infectado e a esperança.
Este material acaba de se transformar
em um livro, que está sendo publicado pela editora Penalux.
O livro, que terá seu lançamento na terça-feira
(05/10) – das 19h às 21 horas, no Riopreto Shopping Center – pode ser adquirido
acessando as maiores plataformas digitais do país, no formato impresso e também
como e-book.
O jornalista falou sobre a obra.
“Naquele momento tudo era novo. Havia acabado de chegar na Itália, o mundo
tinha sido atingido por um vírus mortal e, em pouco tempo, era submetido ao meu
primeiro lockdown, em um país com costumes diferentes e separado da minha
família. Escrever durante o isolamento me manteve conectado ao meu mundo”.
Nos meses em que esteve envolvido no
processo de cidadania italiana, o jornalista acabou sendo enganado e descobriu
como funciona esse mercado. Teve problemas com a empresa que contratou
para cuidar do seu processo, o que causou a não ida da sua família para a
Itália e o atraso da cidadania. No final dos cincos meses, conseguiu a
cidadania italiana, buscou a família no Brasil e viveu mais alguns meses na
Itália. Hoje, de volta ao Brasil, trabalha na área de assessoria de
comunicação.
Prefácio
Miguel de Cervantes teria escrito que
“quem perde seus bens perde muito, quem perde um amigo perde mais, mas quem
perde a coragem perde tudo”. É raro não se emocionar com o Diário da Pandemia
como na passagem em que Henrique Fernandes revive os momentos com a sua mulher
e os filhos, como no aniversário do caçula Pedro, a caça pelo Pokémon e a
bacalhoada na Sexta-feira Santa.
Um diário é o registro de fatos e
sentimentos descritos de uma maneira despojada, o que é impraticável no ofício
do comunicador, como é Fernandes, sob jugo de leitores e editores. Escrevê-lo é
a arte de escutar-se. Um hábito terapêutico e até por isso extremamente
pessoal.
Por sorte, Fernandes nos presenteou
abrindo a janela de sua alma para que aprendêssemos sobre a empatia, a
resiliência, a esperança e a gratidão pelo que somos e temos, além do que
ganhamos. Ou foi à toa que, decidido a economizar simpatia pelas ruas de
Vêneto, o brasileiro que mal sabia falar italiano passou, no dia seguinte, a
ser saudado como se fosse Andrea Bocelli?
O Diário da Pandemia também é um
registro de como a Covid-19 descortinou nossas dificuldades de lidar com as
diferenças e a cumprir protocolos seja na Itália ou no Brasil.
As tensões com políticos nefastos e o
alto preço da nossa ignorância seja no primeiro ou terceiro mundo.
A dificuldade inicial de mensurarmos
o coronavírus com a recomendação do uso de máscaras somente em caso de
sintomas. Dias, meses depois passou a ser equipamento de segurança e
obrigatório.
Enfim, me apego na coragem do autor
em lidar com uma pandemia, a quase 10 mil quilômetros de sua terra natal, e,
contudo, manter a calma e a fé.
Pois agora, preciso fazer o que meu
coração manda desde que o autor descreve sobre a lembrança de sua mãe, no
momento em que observava uma senhora fumando.
Impossível não passar a mão ao
telefone para saber da saúde dos familiares ou correr para o abraço em quem
está do seu lado, após a leitura do Diário da Pandemia.
Grazie mille, Henrique Fernandes. “É
complicado demais falar de saudades.”
Carlos Petrocilo, escritor e jornalista
Orelha
As raízes italianas inspiraram o
jornalista Henrique Fernandes a iniciar o processo de cidadania a fim de
ampliar as possibilidades culturais, educacionais e habitacionais. Com esse
reconhecimento, passaria a ter livre acesso para visitar e morar em países
europeus. Em fevereiro de 2020, o plano começou a ser colocado em prática com
sua ida à Itália. Ele não imaginava, no entanto, que a viagem, efetivada com
objetivo de resolver trâmites burocráticos, terminaria com uma marcante experiência.
Um mês após desembarcar em Treviso, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
declarou a pandemia de Covid-19 e, desde o então, o mundo nunca mais foi o
mesmo. O rio-pretense testemunhou, de perto, o avanço mortal do vírus.
A saudade dos filhos e da mulher, a
distância do Brasil, o isolamento social e as dificuldades para obter o visto
causaram um turbilhão de sentimentos e o influenciaram a escrever, com olhar de
cronista, sobre os momentos de dificuldade, dor, alegria, perplexidade, vazio,
tristeza, pequenas conquistas, imprevistos e expectativa. Fez descobertas da
cultura local e das próprias origens. Depois de cinco meses de espera e de
incertezas, Henrique reencontrou a família, conseguiu a cidadania e retomou a
vida.
Os textos escritos no período
resultaram neste livro que é um documento histórico, daqueles capazes de
registrar uma época, informar, fazer refletir e emocionar.
Raul Marques, escritor e jornalista
Henrique Fernandes nasceu em São José do Rio Preto (SP), no dia 20 de maio de 1980. É jornalista. Trabalhou nos jornais Folha de Rio Preto, Dhoje Interior e Bom Dia e foi colaborador da Folha de São Paulo e do portal UOL. Fundou a sua empresa, a Assessiva Comunicação, em 2007. Atende clientes de diversas áreas, como esportiva, empresarial e entidades de classe.