por Divulgação__
Fotos: Amara Moira e Bruna Mitrano (acima). Nina Rizzi, Belize Campos e Jéssica Iancoski (abaixo) |
Coletivo
promove “O amor é gigante”, período de declamação e distribuição de
poesia, e uma campanha de financiamento de antologia de autores LGBTQIA+
No
mês do orgulho LGBTQIA+, o coletivo Toma Aí Um Poema promove duas
semanas de declamação e distribuição de poesia de autores LGBTQIA+. Nomeada
como “O Amor é Gigante”, a ação será realizada de 15 a 30 de junho e
contará com contribuições de nomes de destaque na literatura, como Nina
Rizzi, Bruna Mitrano, Amara Moira, Simone Brantes, Carla
Diacov, Maya Falks, Francisco Mallmann e Matheus Guménin
Barreto.
As
poesias serão distribuídas em mais de 15 plataformas (entre elas, Spotify,
YouTube e Instagram). Serão lidos entre 30 e 50 autores. Atualmente, o podcast
do Toma Aí Um Poema é considerado o maior podcast de declamação de poesia
lusófona, somando mais de 70 mil ouvintes diferentes ao longo do tempo e tendo
sido escutado em mais de 130 países.
Neste
mês, a editora do Toma Aí Um Poema ainda lança a campanha de
financiamento coletivo do “LGBTQQICAPF2K+: O Amor é Gigante”, organizada
pelo coletivo como parte da “CEMana de 22”, projeto que tem como
objetivo, 100 anos depois da Semana de Arte Moderna, organizar, mapear e
registrar a produção contemporânea de poesia.
Dentro
da edição, foram selecionados 45 poetas brasileiros, entre eles Simone
Teodoro, poeta, mestra e doutora em Literatura Brasileira pela UFMG; Brune
Motta, artista híbride não-binárie de Curitiba (PR); Giselle Ribeiro,
poeta e professora de Teoria Literária na Universidade Federal do Pará (UFPA); Lilian
Farias, escritora, professora, ganhadora do prêmio Uirapuru 2021, na
categoria romance; Neuza Doretto, poeta, atriz e diretora de teatro
EAD/USP; e Pedro Moreira, poeta, autor de Malemá (Patuá, 2021) e
finalista do Prêmio Mix Literário 2021.
Um
coletivo feito por mulheres, pessoas trans e não-bináreis
O
Toma Aí Um Poema é um coletivo preocupado com a inserção de autores e
autoras independentes em novos espaços de divulgação e promoção de literatura.
É um projeto social de acolhimento, de incentivo e de desenvolvimento da
escrita e da leitura. É uma potente publicadora de material literário em
múltiplas mídias: podcast, revista, livros físicos e digitais e redes
sociais.
O
coletivo é feito por mulheres, pessoas trans e não-bináreis. Jéssica
Iancoski, editora-chefe do projeto, é pessoa não-binária e é casada com Belise
Campos, assistente editorial. Monique Sandrielly, social media e
designer, é pessoa não-binária; Nícola
Otávio, web desenvolvedor, é homem trans; Andreia Moema, responsável
pelas relações públicas e declamadora, é simpatizante; Neusa Doretto,
curadora e declamadora, é homossexual; e Erika Kash, das relações
públicas, é pessoa fluída.
“Isto
quer dizer que todas as profissionais que estão envolvidas na criação do livro
sofrem violência de gênero, decorrente de relações de poder manifestadas
socialmente”, frisa Jéssica Iancoski, editora-chefe.
Um
dos principais objetivos da TAUP é publicar o máximo possível de poesia,
incluindo minorias, e fazer circular novos pontos de vista dentro da literatura
brasileira, também auxiliando e fornecendo informações para autores
independentes sobre o mercado editorial brasileiro. “Queremos contribuir e
estimular a literatura gratuita e livre para todos”, frisa Jéssica.
Parte
do coletivo, através da poesia, busca combater ideais culturais de dominação e
repressão. “Em nossas edições, muitas vezes, praticamos valores sociais para
que seja possível publicar autores que pertencem a grupos minoritários; a
decisão é uma tentativa de promover o fortalecimento social dos indivíduos e a
emancipação de autores. É um grito contra as editoras-sugadoras e prestadoras
de serviço – em sua maioria lideradas por homens-héteros-cis-padrão – que geram
capital através da exploração da cultura e do trabalho dês autores”,
argumenta a profissional.