por Carlos Monteiro__
Fotografia: Carlos Monteiro |
O Dia Mundial da Água, ‘comemorado’ em 22 de março, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 1993, juntamente com a "Declaração Universal dos Direitos da Água". A data tem fundamental importância na conscientização das populações mundiais quanto a manutenção de florestas, nascentes, rios e lagos.
Água é essência, recurso fundamental para a sobrevivência dos seres vivos que habitam o planeta. Quantos clamam, como Gilberto Gil, por um copo d’água, diante da sede que sentem, um simples copo d’água para ‘completar’ os 70% dos quais somos compostos.
O Nordeste brasileiro, sofre abrasado pela seca que assola o solo, o povo, o agreste, a fauna e a flora. O sol inclemente, faz a asa-branca bater asas rumo ao infinito e murcha a palma.
Os indígenas choram pelas águas, que hoje contaminadas, foram criadas pelo pranto da lua em planger dolorido pela perda do Astro-Rei.
A Terra-Mãe clama, ardendo em lume, por ‘hidratação’, vê seus filhos em sofrimento buscarem gotas orvalhais, para alimentarem seus corpos já tão sofridos com a desnutrição e a estiagem.
No entanto o descaso, o egoísmo e a mais-valia sobrepõem-se ao bem-comum, ao pensar no semelhante.
Água, que não seja o fundo da cacimba, o fim do caminho pedregoso, seja esperança vívida e viva o coração.
Carlos Monteiro é fotógrafo, cronista e publicitário desde 1975, tendo trabalhado em alguns dos principais veículos nacionais. Atualmente escreve “Fotocrônicas”, misto de ensaio fotográfico e crônicas do cotidiano e vem realizando resenhas fotográficas do efêmero das cidades. Atua como freelancer para diversos veículos nacionais. Tem três fotolivros retratando a Cidade Maravilhosa.