por Divulgação__
Os romances de Leida Reis têm sempre um bom número de personagens, em histórias entrecortadas, oferecendo ao leitor a riqueza de cenários e o desafio de estabelecer conexões. Assim foi em A invenção do crime (Editora Record – 2010) e Quando os bandidos ouvem Villa-lobos (Manduruvá – 2012) e assim é em Mulheres arco-íris, com o diferencial da temática feminista, tendo agora como personagem principal uma jovem transexual em busca do amor e da felicidade.
A
voz narrativa inicial é dada a uma garota transsexual de pouco mais de 20 anos que
atravessa seus dias entre o desafio de gerenciar o pequeno negócio da família,
à beira de uma rodovia, a relação com o empregado de uma mineradora, e a
amizade com mulheres que sofrem crueldade. O apoio da família e a certeza de se
amar não impedem as decepções, os riscos e a violência.
No
entanto, há um mérito aqui: a autora foge dos estereótipos para mostrar a
naturalidade das escolhas e da identidade dessa garota, cujo nome só saberemos
quase ao final do livro. A linguagem também é correta o bastante para não
desmerecer a personagem, embora seja apropriada a quem deixou de estudar para,
muito cedo, cuidar da família.
Mas
Mulheres arco-íris não é só a
história da garota que tem dificuldade de escolher um novo nome. Um emaranhado
de vidas femininas compõem o romance que Leida Reis lança no próximo dia 23 de
setembro pela Literíssima (antiga Páginas Editora), como num tecido que busca
fugir das mãos opressoras do homem. Alice namora um professor universitário que
se vê ameaçado pela polícia e por traficantes, Cássia sente ciúmes dos livros
que vende no seu pequeno sebo, e Carmem encontra a chance de ser feliz ao
ajudar outra mulher.
SOBRE A EDITORA
A Literíssima
(antiga Páginas Editora) atua no mercado literário brasileiro há sete anos e já
publicou mais de 400 títulos, dentre romances, contos, crônicas, poesia,
literatura infanto-juvenil e livros técnicos. Sediada em Belo Horizonte,
publica autores de várias partes do Brasil.