por Wellington Amâncio da Silva (tradução)__
Foto: Ed-Marshall |
Cálculo I, II, III, poema de *Brad Walrond
um homem mascarado com capuz
um museu construído em pedra de papel machê,
paredes grossas e compridas
como sacos de algodão doce azul pendurados
com salas cheias de egos de mestres
gatos copiados
copiar e colar
a hegemonia da semeadura
em tela de papel vegetal
uns jovens em arma nasceram demasiado castanhos para as próprias calças
uma canetada para a gaiola do jardim de infância
onde os meninos estão convencidos, este é um cálculo
— como um corpo
se relaciona com outro —
que perturba toda a paz
é o mesmo que aprender
seus próprio “um dois três”
evidência contrária à crença
nossos meninos aprendem rápido
o que a ciência deve ser, estou certo?
uma história hiper masculina
cérebros lavados não são enxaguados tão facilmente
dentro e fora da aula
o currículo se escreve sozinho
garotos amaciados são difíceis de morrer
cabeças quentes e palhaços de classe tornam-se contagiosos;
ombros largos e equações diferenciadas
calibre em polegadas de Glocks
para onde quer que olhemos
nossas dimensões mais altas
aprendemos seus limites
sem diplomas
*Brad Walrond é poeta e artista. Ele é o autor de Every Where Alien (Moore Black Press/HarperCollins, 2024) e mora na cidade de Nova York.