Destacar o presente, nossas atuais lideranças, é também uma forma de reverenciar o passado | Jr. Bellé


por Taciana Oliveira__



Em “Retorno ao Ventre", Jr. Bellé conecta a identidade de sua família ao movimento de resistência dos povos indígenas no Sul do Brasil. A obra "nasce" de uma revelação da personagem tia Pedrolina (perfil inspirado na tia do autor), quando, em meio à deterioração causada pelo Alzheimer, compartilha narrativas até então desconhecidas.


Conectando memória, iconografia e poesia, “Retorno ao Ventre” explora um evento histórico brutal que moldou os destinos de sua família e sua terra natal: a primeira expedição militar da República do Brasil ao sudoeste do Paraná, no início do século XX. Bellé resgata esse evento, ocultado e reescrito pela colonização, com uma narrativa poética que também reflete sobre questões atuais, como a demarcação de terras indígenas.


A obra é bilíngue, escrita em português e traduzida ao kaingang, e inclui ilustrações da artista e ativista Moara Tupinambá. Foi premiada com o Prêmio Cidade de Belo Horizonte na categoria Poesia, em 2023. Ela destaca a importância de preservar e exaltar a memória dos povos indígenas do Paraná. “Retorno ao Ventre” é um testemunho poético que reconstrói lacunas da memória reivindicando um novo olhar sobre a luta e a resistência indígenas no Sul do Brasil.


Leia abaixo uma entrevista com o autor:


1. O que te inspirou a escrever "Retorno ao ventre” e como surgiu a ideia de contar essa história?


A fagulha inicial do livro surgiu de uma conversa telefônica com minha tia Pedrolina. Ela está perdendo a memória, mas ainda assim comentou sobre uma antiga herança indígena que temos na família, e que eu desconhecia. A busca por essa herança indígena e o posterior embranquecimento da família são parte do enredo do livro; minha tia se tornou uma personagem, bem como sua perda de memória, um protagonista que atravessa a obra como um alerta: os registros, e a própria memória ancestral, lentamente vão sendo apagados e, em muitos casos, reescritos por novos pertencimentos, o que é um perigo.  


2. Como foi o processo de pesquisa para este livro, especialmente em relação ao uso de documentos históricos e arquivos?


Foi um mergulho. Em geral, minha pesquisa começava com a leitura de livros, a maioria deles de antropologia, anotando fatos, registros e documentos que eu gostaria de ter acesso. Então eu partia para a busca desses dados nos museus. O Museu dos Povos Indígenas do Rio de Janeiro possui um serviço online, via e-mail, e eles foram muito solícitos, me enviaram um volume incrível de material: eu indicava o que queria, e eles remetiam isso e muito mais. Pesquisei também no Centro de Antropologia e História do Paraguay, no Portal da Legislação Histórica do Governo Federal, etc. Mas minha gratidão precisa ir para os historiadores e antropólogos que, a despeito de todas as dificuldades, seguem investigando a história indígena, dando corpo e material para investidas de novas áreas e linguagens. Esse pessoal é heroico.   


3. Em “Retorno ao ventre”, você preenche lacunas da memória com ficção. Como você equilibra a fidelidade histórica com a liberdade criativa?


Esse é um equilíbrio caótico e, ao mesmo tempo, delicioso. A memória familiar — minha, da minha tia (que sofre de Parkinson) e outros parentes — tem lacunas imensas; os registros e documentos históricos são uma colcha de retalhos; e mesmo as melhores pesquisas levantam mais perguntas do que respostas: para preencher essas lacunas, usei a ficção. Veja, esse livro é, antes de tudo, um livro de poemas, e esses poemas, sequenciados, vão contando uma história: desejo que as pessoas se sensibilizem com a linguagem e também com os personagens. A ficção é esse amálgama que conecta os fatos históricos aos vazios documentais, dando a eles poesia. 


4. A obra é bilíngue, escrita em português e kaingang. O que você destacaria do processo de tradução e colaboração com André Caetano e Lorecir Koremág?


Esse livro só é bilíngue por conta do André Caetano, professor e liderança da Terra Indígena Serrinha, no Rio Grande do Sul. E não só porque ele é o tradutor, mas porque foi dele a ideia de traduzir a obra. O André era meu professor de kaingang, e quando o livro estava pronto, já começando a ser editado pela Elefante, pedi a ele que fizesse uma revisão técnica dos termos em kaingang (o idioma kaingang é ancestral, mas sua forma escrita é recente, por isso há diferentes grafias para as palavras e eu estava inseguro neste ponto). Ele leu o livro, fez essa revisão e sugeriu a tradução completa, porque lhe pareceu que contava uma história importante dos kaingang do Paraná. Falei com a editora: toparam. Então paramos tudo e o livro que sairia em 2023, ficou para 2024. Eu e André nos encontrávamos virtualmente uma a duas vezes por semana, para bater as revisões e buscar os melhores caminhos. Depois o Lorecir apareceu, pra fazer a revisão final, e deu um toque refinado ao trabalho do André. 


5. Quais foram os maiores desafios ao abordar a história de sua família e suas raízes indígenas, considerando especialmente a invisibilização das populações indígenas no Sul do Brasil? 


Os indígenas do sul são muito invisibilizados, e um desejo desse livro é estar na trincheira contra isso, ombreando-se aos parentes, aos amigos, para fazer justiça ao passado e ao presente de luta e resistência. A grande dificuldade, no caso familiar, foram os registros: ou eles simplesmente não existem ou, quando existem, são escassos, ou seja, não dão conta de um período histórico minimamente importante. E os parentes mais antigos, que já estão bem idosos, ainda que fizessem um esforço, pouco lembravam. Ao mesmo tempo, ao fazer essa busca, conheci gente incrível, como o André Caetano, a psicóloga kaingang Rejane Nunes, a liderança Maurício Salvador e a kujá Iracema Gah Té, a antropóloga Clémentine Tinkamo Maréchal, e outras pessoas incríveis, gente que mantém a chama da luta acesa.  


6. O livro tem um forte componente poético e visual, com ilustrações de Moara Tupinambá. A arte visual complementa a narrativa poética da obra?


Foi uma alegria e uma honra ter a Moara Tupinambá caminhando conosco nessa obra. As artes dela, além da capa, dão cor e vida às divisões capitulares. Não há uma relação direta entre as ilustrações e o texto, mas eles conversam intimamente. Por outro lado, as documentações incluídas no livro fazem parte da narrativa, complementam e dão substâncias à história. 


7. "Retorno ao ventre” também reflete sobre questões atuais, como a demarcação de terras indígenas. Você sempre teve essa percepção da conexão entre a história e as lutas contemporâneas dos povos indígenas?


Não apenas minha literatura é muito política, eu sou um ser político, não simplesmente pela política atravessar a vida de qualquer humano, mas pelo fato de ler, escrever, conversar, e militar muito nesse campo. Comecei no movimento estudantil, passei por coletivos anarquistas, pela formação da Organização Anarquista Socialismo Libertário (antiga Federação Anarquista de São Paulo), movimentos sociais e a Teia dos Povos. Sou muito orgulhoso dessa trajetória. Vivendo nesse meio, a luta indígena sempre foi um exemplo, uma aula de resistência (feliz e infelizmente). Durante a escrita do livro, essa conexão entre o passado de luta e o presente de resistência ficou evidente, e quis deixar isso claro na narrativa. Destacar o presente, nossas atuais lideranças, é também uma forma de reverenciar o passado.   


8. Sua tia Pedrolina desempenha um papel central. Como as memórias e histórias dela influenciaram sua escrita e visão do livro?**


É preciso deixar claro que a personagem do livro, ainda que leve o nome da minha tia, foi apenas inspirada nela. Há diferenças muito grandes entre as duas, a começar que minha tia está viva e sofre de Parkinson, não de Alzheimer, como é o caso da personagem. De qualquer forma, as memórias da minha tia foram a labareda inicial do livro. E não só isso, a forma como ela me contou sobre nossa herança indígena (o tom, entre a displicência, a piada e a tristeza), e também o vazio de suas memórias, que cada vez mais vai conquistando terreno e emudecendo qualquer possibilidade de serem transmitidas, foram essenciais para compor o livro: tudo se tornou personagem ou matéria-prima para a poesia.   


9. A obra venceu o Prêmio Cidade de Belo Horizonte na categoria Poesia. O que essa conquista significa para você e para a mensagem que “Retorno ao ventre" transmite?


Felicidade. É incrível quando somos reconhecidos em nosso campo. Eu havia vencido outros prêmios, mas esse, especificamente, era um desejo antigo. Fiquei meio incrédulo quando aconteceu. E me peguei ainda mais feliz quando vi que a vencedora na categoria contos foi a Bruna Meneguetti, uma escritora que admiro muito. Esse prêmio, com certeza, ajuda o livro a iniciar a caminhada com alguma autoridade, com um certo reconhecimento, o que é ótimo, afinal espalhar poesia contemporânea por aí é uma tarefa das mais árduas e ingratas, justamente pela falta de espaço, pelo fato de termos que batalhar muito por qualquer microscópica migalha de divulgação. Por isso mesmo: muito obrigado por essa entrevista, vocês são sensacionais! 

  

10. Quais são os próximos projetos que você está planejando? 


Na minha cabeça endoidecida, “Retorno ao ventre” é o livro que inaugura uma tetralogia. Já estou escrevendo o segundo, que tem o título provisório de “Reparação”. Os livros não continuam um a história do outro, mas se conectam intimamente pelo tema e pela geografia. Oxalá eu tenha fôlego pra tudo isso! 




Retorno ao ventre:
Mỹnh fi nugror to vẽsikã kãtĩ

Autor: Jr. Bellé
Edição: Tadeu Breda
Preparação: Camila Campos de Almeida
Tradução para o kaingang: André Luís Caetano
Revisão do kaingang: Lorecir Koremág Ferreira
Revisão: Luiza Brandino
Capa: Alles Blau Estúdio
Ilustração da capa: Moara Tupinambá
Direção de arte: Bianca Oliveira
Projeto gráfico: Bianca Oliveira & Sidney Schunck
Diagramação: Daniela Taira
Lançamento: julho de 2024

Editora Elefante

Compre o livro: clique aqui



Trechos do livro

apagamento

é sobre uma bamba pilha de livros 

que se equilibra o peso imenso e delicado da história

ou a gravidade brutal do seu vazio: 


segundo as mais canônicas obras das ciências sociais

também da historiografia da geografia 

do jornalismo e da literatura paranaense 

segundo a narrativa das companhias colonizadoras 

segundo as crônicas das frentes pioneiras 

e a epopeia dos tropeiros e dos bugreiros 

segundo a saga dos colonos europeus e a sanha 

dos colonos brasileiros 

segundo os órgãos governamentais e os mapas 

e os atlas oficiais 

segundo a burocracia estatal e o imaginário popular 

e enfim segundo os livros didáticos 

até o início da terceira década do século XX 

o interior do paraná era um absoluto 


vazio de gente


sinônimos: sertão desabitado sertão esquecido 

sertão longínquo boca do sertão terras devolutas 

terras desocupadas terras desabitadas vagas terras 

domínio público largos espaços vazios ilimitado deserto 

área abandonada região despovoada 

zona desconhecida floresta intocada


vazio demográfico   


um exemplo: segundo wilson martins 

professor de literatura brasileira na universidade de nova york

duas vezes laureado com o prêmio jabuti e autor do livro 

“um brasil diferente: ensaios sobre fenômenos 

de aculturação no paraná” (1955)

:

do ponto de vista humano

a província era um ilimitado deserto

na maior parte do território 

o vazio era absoluto: 

eram os campos gerais

era a floresta era a serra do mar


assim é o paraná 

território que do ponto de vista sociológico 

acrescentou ao brasil uma nova dimensão

a de uma civilização original 

construída com pedaços de todas as outras

sem escravidão sem negro

sem português e sem índio

dir-se-ia que a sua definição humana 

não é brasileira


outro exemplo: segundo nilo bernardes

pesquisador do instituto brasileiro de geografia e estatística

da universidade católica do rio de janeiro e autor do livro

“expansão do povoamento no estado do paraná” (1952)

:

embora no começo do século 

os povoadores espontâneos 

já dessem início ao alastramento 

sôbre o oeste paranaense


no segundo planalto 

a encosta de guarapuava e de palmas 

ainda estava desabitada

todo o oeste dos atuais municípios 

de tibagi e reserva era ainda parte 

do vasto sertão que se continuava 

até o rio paraná


o termo sertão é aqui empregado 

sempre no sentido 

de vazio demográfico


por vazio demográfico entenda-se apagamento 

pois é evidente que aquelas terras estavam cheias

de pinheiro de macaco de tatu de xetá de unha-de-gato

de taquara-mansa de fumeiro-brabo de ipê de kaiowá 

de gralha-azul de chuchu de xokleng de cipó de aracá

de alecrim-do-mato de ariticum-preto de ingá de mỹnh


o vazio estava especialmente cheio de mỹnh 

estava cheio de nós 


era em direção a este grande vazio de gente 

a este imenso sertão desabitado 

que o capitão josé ozório e sua comitiva marchavam


um vazio que ele chamava de campos de guarapuava 

mas que o próprio vazio chamava de koran-bang-re 

um vazio que ele chamava de terras devolutas 


mas que o próprio vazio chamava de ẽmã 

mas que o próprio vazio chamava de casa


nhyn nhyn ke

rivro kamã ki

tóg ẽg kãme kufy ki króm tĩ

ã kufy tũ tóg kuprã nĩ


hã to ciências sociais to vãmén e tỹ vĩ han mũ 

kar ẽg kãme mré ẽg nỹtĩ ja ki 

jornalismo kar literatura to paraná tá 

ke ag tóg mũ vãmén ag tóg mũ companhias ag 

ke ag tóg mũ jã mĩ ke ag 

vẽnhrá sĩnvĩ tỹ vĩ ha tỹ vĩ kãru kri mũnh fã ag rán ja 

mré kanhgág ag kugmĩnh fã 

fóg tỹ europeus ag kãme mré brasil ki fóg ag tũ 

je pã’i ag rike kar mapa ag 

kãgrá oficial ag mré hã 

jo documento tỹ pã'i mág ag tũ ag rike kar ag jykre kar mré 

kar ser rivro rike tỹ iskóra rivro ag 

ver século xx kã prỹg tỹ pénkar kri pénkar kã 

paraná mỹ tã tá ha mẽ 


ẽg kuprã vẽ 


paravra jag rike ag tag ag vera: jamã katy jamã kãjatun kỹ nĩ 

kar jamã kór gy tỹ vĩ ga katy jẽnky vẽ ga kunũnh ja 

ga kuprã ke gé ga tỹ vé ké nỹtĩ pã’i ag tu 

rugar mag ag kuprã ke gé ga katy

amã tovãnh kỹ nỹtĩ kuprã tá ne tũ 

ga vẽnhmỹ nẽn tỹ ki rãnh vãnh 


tá kuprã 


ha vé: ke tóg mũ wilson martins ti 

prosor tỹ literatura brasileira universidade de nova york tá 

rivro rẽgre ki tóg gyjũ ke mũ prêmio jabuti ki kar 

um brasil diferente: ensaios sobre fenômenos 

de aculturação no paraná” (1955) 

ẽg tỹ pãvãnh rike 

ti nĩgja tá tóg tỹ ga kuprã tĩ 

ti ga pénĩn to hã 

kuprã tỹ vĩ: 

re mág campos gerais kar hã vẽ ser 

serra do mar vẽ 


ge tóg nỹ paraná ti 

ẽg tỹ ki pãvãnh kỹ ẽg tóg to ge tĩ 

brasil ki rã mũ gé ga ha tỹ vĩ 

ki ũn si ag tóg nỹtĩ ver 

ga ũ tỹ han kỹ nĩ 

tỹ vẽnyn fã tũ mré fóg sá tũ 

fóg vĩ tũ mré kanhgág tũ 

ge tóg nỹ ser 

pi tỹ brasileiro nĩ ser 


ha tag ve gé: ge tóg mũ nilo bernardes ti 

pesquisador vẽ instituto brasileiro de geografia e estatística 

universidade católica do rio de janeiro ki kar rán fã pẽ

expansão do povoamento no estado do paraná” (1952) 

kỹ ser prỹg tóg ki kãrã mũ ki 

vẽnhãm fã e tỹ vĩ 

vẽnhgrun kãmẽg mũ ser 

rã pun kej fã tỹ paraná tá 


pãnónh téj kã tá 

guarapuava pẽnĩn kar palmas mĩ 

ver tóg mĩ kuprã tĩ vẽ 

rã pun kej fã kar mĩ ki nỹtĩ ti ver 

tibagi mĩ tóg ver tỹ reserva katy nỹ tỹ paraná tá krỹg tĩ vẽ 


ga katy tóg taki 

ge tóg nỹ ser 

to ga kuprã ke tĩ 


ga kuprã mré ki ne tũ 

hãra ga ẽn tóg ki fór nỹtĩ je 

ki tóg fág nĩ kajẽr tũ fãfãn kar gatu xetá nĩgru 

vãnh jũ tũ pétór mré kar pa kaiowá ke gé 

ki sãgsó tánh mré xokleng pého kupri mré mrũr 

tỹ kókaj mré kukrej kar kósán tỹ mỹnh 


mỹr ti kuprã tóg mỹnh kuprã rike nĩ

ẽg tỹ fór nĩvẽ


kỹ tóg ag to tĩ ti ag kuprã to 

ga kuprã mág tag ki 

ki ne tũ ti 

capitũ josé tóg ti tũ ag mré sỹmsỹm ke tĩ


guarapuava ag to tóg re kuprã ke tĩ ti 

kuprã tỹ vĩ to tóg koran-bang-re ke tĩ 

ti kuprã tỹ vĩ to tóg ga ke tĩ 


ti kuprã tỹ vĩ to tóg ẽmã ke tĩ 

hãra to tóg ĩn kuprã ke tĩ




 


Jr. Bellé é Doutorando em Estudos Literários (UFPR), mestre em Estudos Culturais (USP) e especialista em Jornalismo Literário (ABJL), Jr. Bellé é jornalista, pesquisador e programador de literatura do Sesc Av. Paulista. Tem quatro livros publicados: “Trato de Levante”, cuja obra foi adaptada para o cinema; “amorte chama semhora”; “Mesmo se saber pra onde”, que recebeu o Prêmio Variações de Literatura e teve menção honrosa no Prêmio Casa de Las Américas; e Retorno ao ventre, obra mais recente lançada pelo autor e publicada pela editora Elefante, que venceu o Prêmio Cidade de Belo Horizonte na categoria Poesia, em 2023.  Filho de Dona Bete e seu Valcir, nasceu em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, uma terra indígena ancestral. Redes sociais: Instagram: @jr.belle






Taciana Oliveira - Natural de Recife–PE, Bacharel em Comunicação Social (Rádio e TV) com Pós-Graduação em Cinema e Linguagem Audiovisual. Roteirista, atua em direção e produção cinematográfica, criadora das revistas digitais Laudelinas e Mirada, e do Selo Editorial Mirada. Dirigiu o documentário “Clarice Lispector - A Descoberta do Mundo” Publicou Coisa Perdida (Mirada, 2023) livro de poemas.