Documentário Capixaba Corpo-Jucu disponível online por tempo limitado

 por Mirada__


                                                  
O filme destaca a força ancestral do Rio Jucu através da Ecoperformance e das tradições do Congo


Após duas exibições presenciais em Barra do Jucu e Cachoeiro de Itapemirim, o filme Corpo-Jucu, do coreógrafo e artista Weber Cooper, ficará disponível online até o dia 21 de setembro. O projeto poderá ser assistido pelo link: clique aqui


Corpo-Jucu é fruto da vasta pesquisa de Cooper sobre os rios capixabas, refletindo uma conexão profunda entre arte, natureza e território. “Tenho reconhecido cada vez mais a potência e a necessidade de um fazer artístico conectado com cada território e seus diversos atores, sejam humanos ou não-humanos. Essa abordagem promove uma experiência sensível, movimenta o debate e expande as possibilidades tanto da linguagem cinematográfica quanto do viver”, explica o diretor.


O projeto, realizado com apoio do Edital de Artes Cênicas da Secretaria da Cultura (Secult), iniciou-se em março de 2024 com uma residência artística que integrou a comunidade ao redor do Rio Jucu. As bailarinas Abayomi, Gracielle Monteiro e Jordan Fernandes participaram ativamente da residência, trazendo suas vivências para o processo criativo. Eles trouxeram a corporeidade e a presença, enquanto eu provocava situações e coreografava, desde a residência até o material videográfico”, comenta Weber.


Além de explorar a Ecoperformance, o processo criativo também mergulhou nas tradições do Congo Capixaba, com mediação de Marina Vieira Sampaio, filha de Dona Dorinha, da banda de congo Tambor Jacaranema. As atividades envolveram práticas de dança e musicalidade, investigando as raízes desse ritmo tradicional e sua influência na construção da presença cênica.


Depois dessas vivências, eu sei que carrego comigo uma força maior neste corpo. Pude refletir sobre minha ancestralidade, os cuidados com o nosso planeta e com o nosso corpo. Conhecer a história do Rio Jucu foi muito emocionante, porque eu não sabia da importância e da força desse rio, que é um verdadeiro ser ancestral. Além disso, a pesquisa sobre o Congo me proporcionou muito aprendizado junto a todos que estavam nessa jornada conosco”, destaca  Abayomi.


O Rio Jucu, além de cenário, é também protagonista do filme. Este importante curso d'água é o principal responsável pelo abastecimento de 25% do estado do Espírito Santo. Sua bacia hidrográfica abrange os municípios de Domingos Martins, Marechal Floriano, Viana, Vila Velha, Cariacica e Guarapari, desempenhando um papel fundamental na vida e no equilíbrio ambiental da região.