por Mirada__
Edgard Zanette, pós-doutor em filosofia e campeão brasileiro de xadrez blitz, lança seu primeiro romance, “Assassinato no Monte Roraima”, publicado pela Editora CRV. O livro de 80 páginas combina mistério e fantasia, explorando a busca por significado, conexão e felicidade através da metáfora do xadrez. A narrativa gira em torno de um assassinato durante uma ascensão ao Monte Roraima, envolvendo sete personagens de diferentes nacionalidades, cujas interações revelam segredos e desafios relacionados à condição humana.
A história entrelaça temas clássicos da literatura, filosofia e xadrez, ao mesmo tempo que aborda questões regionais da Amazônia, como lendas locais. A experiência de Edgard como professor e enxadrista é refletida nas reflexões filosóficas dos personagens, que mencionam pensadores como Kant e Hume. Durante uma expedição, escreveu boa parte do livro em uma barraca, registrando suas impressões. O planalto do Monte é composto por uma rede de cavernas. Durante a escalada, o autor conquistou diversos marcos pessoais, sendo o maior deles, a concepção deste livro. “Em 2023, ao subir ao Monte Roraima, já possuía o esboço do livro em minha mente, registrando todos os detalhes, caminhos e impressões”, conta. Com dois livros anteriores focados em filosofia, Zanette considera "Assassinato no Monte Roraima” uma obra mais leve e acessível, servindo como um cartão de visitas para suas ideias. Atualmente, ele está trabalhando em um novo romance mais complexo e intimista.
Leia um trecho de “Assassinato no Monte Roraima”
“A trilha se tornava mais árdua, porém gratificante. A cada quinhentos metros, uma sensação de conquista os impulsionava a continuar. Eles avançavam passo a passo, cientes de que a ansiedade era um adversário a ser vencido. A decisão de passar sete dias na mata, sem sinal de celular, internet ou civilização, ao lado de um grupo de desconhecidos, havia sido feita conscientemente. Eles pagaram caro para vivenciar aquilo tudo. Não cabiam desculpas. Conforme Sartre sustentou, estamos condenados a enfrentar nossa própria liberdade; não há como escapar desse fato.” (pág. 39)
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