Dentro do meu corpo mora um rio, de Rena Faber

 por Mirada__


                                                    

Acompanhada de poetas como Liana Ferraz e Ryane Leão, Rena Faber lança obra sobre autodescoberta, amor próprio e presença em um mundo cada vez mais (des)conectado de si  



Na insistência dos poemas, lapidados com um olhar-amor, nasce uma poeta que quer falar de si, mas não sem chamar a natureza, as mulheres à sua volta e suas inspirações para compor seus versos. Rena sabe que é feita de uma matéria que vai além da própria existência e dos contornos de seu corpo e expande sua poesia para a geografia invisível (mas poderosa) das forças transformadoras do amor.”


Liana Ferraz, atriz, escritora e artista, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, no texto de orelha do livro


“A poesia da Rena é um rio cheio que deságua gentilmente nas possibilidades de todas nós. Poemas de guiança que convidam, embalam, acolhem e nos dizem: hoje é um belo dia pra dançar a cura. Seus versos recordam colo de vó, conselho de mãe, olhar sincero de irmã. Trajetórias que se cruzam para dizer que continuar é magia e que corpo mágico é aquele que flui com a coragem que apequena os receios. Sinto que todas que fui e todas que desejo ser estão nessas páginas”


Ryane Leão, autora best-seller, em comentário na quarta capa


Dentro do meu corpo mora um rio é o primeiro livro de poesia de Rena Faber, lançado pela Editora Patuá. A obra, com 108 páginas, explora temas como autoconhecimento, transformação, natureza e feminilidade. Dividida em seis partes, a coletânea trata de questões universais, abordando forças arquetípicas presentes em todos nós, independentemente de gênero ou cultura. Embora muitos poemas evoquem experiências femininas, a autora expande a noção de feminino para um campo mais sensível e profundo, sugerindo a necessidade de reconexão com nossa essência e a natureza.

Rena, jornalista e pós-graduada em psicanálise, usa a metáfora do rio como símbolo central de sua obra. O rio representa tanto o fluxo das emoções quanto a possibilidade de renascimento, como em mitologias em que ele separa a vida da morte. A autora reflete sobre a urgência de revermos nossos caminhos para evitar a exaustão de um mundo moldado por valores patriarcais, propondo uma visão mais harmoniosa da vida e da relação com o meio ambiente.

Com influências de Carl Jung, Ailton Krenak, Clarissa Pinkola Estés, Ryane Leão e Liana Ferraz, Rena Faber sugere que a poesia é um barco que atravessa nossa paisagem interna: “Esse livro é meu passado, presente e futuro. Com erros, tropeços, cansaços, mas também com gargalhadas, estrelas cadentes, pés descalços, balanço de rio e de rede. É a lembrança de que meu lar mora no corpo, onde encontro os conselhos que preciso para seguir. Talvez, daqui a alguns anos, esse livro seja um lugar para onde eu possa voltar e lembrar que sou água corrente, infinita e indomável”, finaliza.

“Dentro do meu corpo mora um rio”, obra de estreia da jornalista mineira, estará disponível na Flip 2024; escritora também participa de coletâneas em lançamento durante o evento em Paraty

A obra será comercializada na Casa Gueto, durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2024, que acontece de 9 a 13 de outubro. A autora também tem evento de lançamento marcado em seguida, em Belo Horizonte (MG), no dia 19, das 15h às 17h, no Espaço Comum Luiz Estrela (Rua Manaus, n.° 348, Santa Efigênia), na programação do Festival de Primavera.


Confira o poema “Inícios” (pág. 31), de Dentro do meu corpo mora um rio”


Para todos os jeitos de voar:

uma pipa, um pássaro, uma mulher

Para tudo que vamos amar:

um corpo, um poema, uma raiz

Para todas as travessias:

na terra, na água ou em si

Há sempre alguém com olhos curiosos

que dá o primeiro passo

sem medo do tropeço



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