Drone-mimese | poema de Wellington Amancio

 por Wellington Amancio__


Foto de Jr Korpa na Unsplash


Drone-mimese




25 de dezembro de 2024! 

11:11hs

Jaz o vosso paradigma 

ao romper-se o firmamento; 

debelais agora a vossa ordem, 

que é força vã e tênue; 

a vossa estrutura roaz 

subsistira no tempo 

e no espaço, 

fora a forma de oprimir, 

portanto morta, 

desde sempre 

à vossa falência, 

amém! 


O anseio obtuso 

pelo ouro-da-opulência, 

contraturno às vossas 

multidões moribundas, 

a cobiça-luxúria 

o vício medonho, 

asco do Universo contra vós, 


Ah, os vossos anelos 

com as Sombras...


Vos analisamos, 

ó espécie antropofágica, 

passeamos por dentro 

do vosso imo

— as vossas sinapses 

nos são conhecidas! 

os vossos passos, óbvios...






26 de dezembro de 2024! 

12:12hs

Não usamos palavras, 

que são meios, 

quando somos 

para a contiguidade 

do pensamento, 

como a pedra 

à montanha 

— o Telepático é o fato 

pluriavistado


Olhais aos céus da noite! 

Nosso sinal são os ufos tais 

às tuas máquinas 

obsoletas de voar


Estas vossas luzes de piscares inoperantes

jazem na ferrugem


Eis a Nova Boaventura,

Anarcoaparição nossa,

por sobre a face 

dolorosa

da Terra toda

vos bastará ao vosso

império de gravetos


É chegado o destempo!

É chegado o desterro!

É chegado o desmazelo

dos vossos monturos existenciais


Alçareis ao Grande Vácuo,

sem chão, sem rosa-dos-ventos!

Todavia, sem ais e sangramentos!




27 de dezembro de 2024! 

66:66hs

Nossos orbes, 

nossos signos, 

nossos dizeres, 

nossos diz-entes

dizem, jamais mentem,

porque já aqui não há temor

rimam toda a arte do átomo

até ao seu mais refinado microinfinito

das nossas estruturações

de alvorotar nos céus,

eis as nossas misteriosas aparições! 


Entendais, 

pois, no vosso tempo 

e vos aguardamos,

para que vos adéquem ao novo AEON!

Deus chegou! Deus-de-fato! 

Deus-Poeta-Profeta!

Nous Verde-Rubi, 

No Trono da Sumaúma, Pai do Mato!


Os nossos orbes, 

os nossos signos, 

às nossa Aves Naves!


Esta velocidade que vês voarem

não é de ente corpóreo 

no céu das vossas noites; 

vês a luz imaterial, 

hologramática, verboavoante,

que não encontra 

barreiras no éter dos céus!


Nós ziguezagueamos, porque

superamos a materialidade 

primitiva dos vossos metais! 




28 de dezembro de 2024! 

25:25hs

Esta é também a nossa Casa, 

desde sempre Gaia, 

viva e maternal, 

habitamos! 


Estamos arraigados, sempre!

sem vos interromperdes, 

ainda que vossos gestos, 

que vossos pensamentos,

que vossos rompantes primitivos 

sejam agora o despejar-se 

universal de um asco 

metafísico contra vós!

Deus vos volitais para longe de Si, 

se não vos regenerardes à Lei Universal!


Vós erosais até a sombra 

intangível da vossa fauna, 

inventário-de-mundo, 

corrosão! Vos transmutais já!


Basta à Besta!




Wellington Amancio Membro do corpo editorial da Utsanga  Rivista di Critica e Linguaggi di Ricerca (Itália/ISSN: 2421-3365)da comissão editorial do Academic Journal of Interdisciplinary Studies (MCSER/ISSN: 2281 3993) e da comissão editorial do World Journal of Education and Humanities (Scholink/ISSN: 2687-6760) Revisor/avaliador da Revista de História da UEG; Mestre em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental pela Universidade do Estado da Bahia — UNEB; Especialista em Ensino de Filosofia (UCAM); Graduado em Pedagogia e em Filosofia (UNEB; Metodista).