De Eric Clapton a Van Halen: escritora brasileira estreia na com romance que mescla mistério, cultura pop e traumas geracionais

 por Mirada__




Referências musicais icônicas, investigação e um toque de romance marcam Vanessa Halen: tudo o que não quis, mas já é, livro de estreia da escritora e roteirista paulistana Patricia Tischler. A autora, que atualmente vive em Copenhague, na Dinamarca, constrói uma trama envolvente sobre luto, segredos familiares e autodescoberta, permeada por elementos da cultura pop e dilemas modernos.

No centro da história está Vanessa Halen, uma jornalista investigativa que precisa lidar com a morte de sua tia-avó Leila, a única parente com quem teve uma conexão real. Mas a dor da perda logo dá lugar a uma jornada de mistério quando Vanessa encontra um armário misterioso no apartamento de Leila, revelando segredos que atravessam gerações. A narrativa se desenrola entre São Paulo e Florianópolis, misturando investigações familiares e reviravoltas emocionais.

Entre traumas e referências musicais

O nome da protagonista, Vanessa Halen, não é coincidência: sua mãe, uma figura ausente, escolheu homenagear a banda Van Halen, um detalhe que Vanessa nunca aceitou bem. O humor em torno de nomes famosos segue adiante quando ela conhece Eric Clapton Guimarães e Souza, um funcionário de um Poupatempo que, além da coincidência no nome, compartilha traumas familiares e uma inesperada conexão com a protagonista.

Além do romance, Vanessa Halen também é um livro sobre laços intergeracionais e liberdade feminina. A trama apresenta personagens que desafiam convenções sociais e refletem sobre maternidade, independência e a influência dos ciclos familiares. A amiga e confidente de Vanessa, Marta, é uma peça fundamental nesse quebra-cabeça, trazendo ao longo da história questionamentos sobre escolhas e mudanças, especialmente quando revela estar grávida em um momento crucial da trama.

Da diplomacia à literatura: quem é Patricia Tischler?

Patricia Tischler já viveu em diversas cidades pelo mundo: Brasília, Florianópolis, Madri, Londres e Copenhague. Com formação e carreira no Itamaraty, a autora já transitou por diferentes áreas, incluindo um período dedicado à ioga, antes de se dedicar à escrita de roteiros e, agora, à literatura.

Escrito em pouco mais de dois meses, seu romance de estreia nasceu da liberdade criativa que a ficção permite. O livro é somente o primeiro de muitos projetos que Patricia já tem em andamento. Além de trabalhar em seu segundo romance, ela prepara a coletânea de contos Tragédias Paulistanas, que teve um texto publicado na edição de setembro/outubro da revista The Bard.

Com um estilo que combina leveza e intensidade, Patricia Tischler estreia no cenário literário com um romance que flerta com a nostalgia do rock clássico, ao mesmo tempo, em que conduz seus personagens por tramas densas e emocionalmente complexas.

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