por Mirada__
Com contos protagonizados por mulheres, obra reflete sobre solidão, marginalização e os limites entre vida e morte
A escritora Vanessa Rodrigues apresenta ao público "Os Humanos Não Estão Acostumados a Morrer Esmagados", sua mais recente coletânea de contos. Com uma escrita poética e reflexiva, o livro investiga a fragilidade humana, o deslocamento social e a busca por conexão. As histórias, majoritariamente protagonizadas por mulheres, constroem um retrato fragmentado da existência, abordando temas como solidão, ausência de pertencimento e o ciclo inevitável da vida e da morte.
A linguagem como espelho da condição humana
Vanessa Rodrigues estrutura sua narrativa com imagens poéticas e reflexões filosóficas, criando um mosaico de experiências que desafiam o leitor a questionar o próprio significado da existência. Os contos transitam por cenários urbanos e exploram a sensação de invisibilidade das personagens, ao mesmo tempo que investigam suas interioridades. A coletânea também provoca um questionamento central: é possível que os humanos tenham que se acostumar com a própria morte? Em meio a silêncios e ausências, as histórias de "Os Humanos Não Estão Acostumados a Morrer Esmagados" revelam o embate constante entre a finitude da vida e a intensidade do ato de existir. A estrutura fragmentada e o estilo lírico da autora contribuem para uma experiência de leitura sensorial, em que a forma da narrativa reforça o impacto das temáticas abordadas. A alternância entre o filosófico e o emocional confere à obra uma profundidade singular, tornando-a um convite à introspecção.
Protagonismo feminino e deslocamento social
Com um forte protagonismo feminino, a coletânea dá voz a mulheres que enfrentam desafios íntimos e sociais, revelando uma complexidade que extrapola a superfície das narrativas. Vanessa Rodrigues adentra na marginalização e na solidão de suas personagens, revelando aspectos da condição humana que, muitas vezes, são silenciados. Os contos não apenas retratam a vulnerabilidade das protagonistas, mas também instigam o leitor a repensar as normas que regem as relações humanas e a própria ideia de pertencimento. Ao abordar a vida e a morte como forças que se cruzam repetidamente, a autora sugere que existir é um constante exercício de adaptação ao desconhecido. A coletânea, ao mesclar beleza e inquietação, reforça a potência da literatura como um espaço de reflexão e transformação. Em um mundo onde a fragilidade e a resistência se entrelaçam, a obra convida o leitor a enxergar a vida por novos prismas, desafiando-o a compreender — e talvez até aceitar — a inevitabilidade da ausência.
Cearense de Fortaleza, Vanessa Rodrigues escreve contos e poemas tanto quanto é moldada por eles. No que diz respeito a ser, é muitas coisas ao mesmo tempo. Professora por essência, é graduada em Letras (Português — Inglês) e atua na rede pública de ensino, enxergando na Educação um ato de esperança. Mulher lésbica, sonhadora e um tanto distraída, vive entre encontros e desencontros com as palavras — e nunca deixa de persegui-las. Acredita profundamente no amor e em todas as suas verdades, encontrando um espaço na escrita para se perder e, ao mesmo tempo, se reencontrar.
Editora: Mondru
Preço de Capa: 59,90
Preço de Pré-Venda: 49,90 | Clica aqui para acessar
Data de Início e Término da Pré-Venda: 05/02/2025 a 07/03/2025
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