10ª edição do Pequeno Encontro da Fotografia

 por Divulgação__



Diego Oliveira
                                        
Pequeno Encontro da Fotografia divulga programação completa da 10ª edição com o resultado das convocatórias


O festival Pequeno Encontro da Fotografia divulga a programação completa da 10ª edição do evento, que ocorrerá de 11 a 15 de março, inspirada no tema “A Matéria da Fotografia”. A lista agora inclui as obras selecionadas por meio de quatro convocatórias: a da Apresentação de Portfólio, a da Ciranda Fotográfica, a do Espaço da Pesquisa e das Projeções. Algumas atividades ocorrem no Sítio Histórico de Olinda e outras são promovidas de maneira remota pelo site e pelo canal do Pequeno no YouTube. Todas elas têm acesso gratuito, algo possibilitado pelos recursos do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura).


Sobre o tema da edição, os realizadores do Pequeno, Maria Chaves, Eduardo Queiroga e Mateus Sá, explicam: “voltamos nossa atenção para obras, autoras e autores que encaram a materialidade e a desmaterialização da fotografia como aspectos importantes de suas produções imagéticas e conceituais”. Este enfoque se traduz, por exemplo, na presença de obras elaboradas com técnicas mais artesanais, como antotipia e pinhole, ou alterações próprias do mundo digital, assim como na abordagem de  processos criativos que flexibilizam a rigidez da câmera. 


Em 2025, a programação começa pela parte online do festival. A primeira atividade desse tipo é o Espaço da Pesquisa, que neste ano tem curadoria da pesquisadora Janaína Damasceno (UERJ e UFF). Pesquisadores ligados a dez instituições de ensino, do Brasil e da Itália, falarão sobre nove trabalhos em dois painéis transmitidos ao vivo pelo YouTube e o público poderá interagir pelo bate-papo. Além disso, os textos ficarão disponíveis para leitura no site do festival.


A outra atividade promovida com participação à distância dos autores das obras é a Apresentação de Portfólio. Os realizadores do Pequeno selecionaram os cinco portfólios que fotógrafos do Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul vão mostrar ao público. A conversa também vai ocorrer por meio de transmissões ao vivo pelo YouTube e, além disso, os trabalhos serão publicados no site do festival. 


Neste ano, a maior parte das atividades presenciais do Pequeno ficará concentrada no Mercado Eufrásio Barbosa (MEB). É nesse espaço cultural que as pessoas poderão conhecer as obras selecionadas para a Ciranda Fotográfica e escolher a sua preferida. Quem tiver o projeto mais votado receberá como prêmio dez impressões em tamanho A4 (em papéis formatados ou canvas), em parceria com o ADI – Atelier de Impressão, um kit de fotolivros e a publicação do trabalho no site do festival. 


À noite, chega o momento de assistir às obras escolhidas para as Projeções e às Palestras dos convidados desta edição do evento: a artista visual e pesquisadora Maria Vaz (MG), o artista visual e professor Dirceu Maués (PA), o artista e pesquisador Mitsy Queiroz (PE) e a fotógrafa e professora Erika Tambke (RJ).


Maria, Dirceu e Mitsy também ministram as oficinas desta edição no MEB. Elas são a única atividade do Pequeno para a qual o público precisa se inscrever antecipadamente (a lista de selecionados está disponível no site do festival). Para as outras, é só chegar, mas quem já quiser sinalizar seu interesse em participar da Expedição Fotográfica já pode preencher este formulário.


 Ele foi criado para facilitar a comunicação com o grupo que vai sair do MEB em um passeio pelo Sítio Histórico de Olinda. O roteiro muda a cada edição do Pequeno e só é divulgado quando se aproxima o dia da expedição. Porém, é possível dar algumas pistas: moda, história, natureza, poesia e dança estarão presentes.  


A equipe do festival também adianta que não é necessário ser profissional ou ter algum equipamento específico para participar. No entanto, quem fotografar com câmera digital ou celular, terá tempo de enviar suas fotos para a projeção que será realizada durante o Café Pequeno, que é uma confraternização do festival.

            

PROGRAMAÇÃO COMPLETA


Terça-feira (11/3)


Espaço da Pesquisa, curadoria de Janaína Damasceno (UERJ e UFF)

Apresentação ao vivo pelo YouTube e textos publicados no site do festival


15h às 18h – Painel 1


Entre imagens e experiências: a fotografia como resistência à normatividade de gênero em Renascendo das Águas | Talita Matos Ribeiro (UFPE) e Daniela Nery Bracchi (UFPE)


Mapeamento dos coletivos de mulheres na fotografia brasileira contemporânea: os processos e a criação em rede no Brasil | Charlotte Pedrosa (UFSE)


Fotografia, performance e maternidade: uma experimentação contemporânea | Elisa Elsie Costa Batista da Silva Beserra (UFRN)


Em Brasília: últimos lançamentos da moda têxtil para a primavera-verão 1959/60 | Virna Santolia (UERJ)


19h às 21h – Painel 2


Histórias potenciais na memória do rompimento de Fundão: o caso da imagem feita por 6 (seis) diferentes fotojornalistas | Ana Elisa Novais (IFMG)


Jornal A Sirene – fotografia, documento social e solastalgia | Larissa Helena (Unesp)


Uma fotografia capturada no Rio de Janeiro em junho de 1968 e suas retomadas contemporâneas como construção de um imaginário em disputa | Luís Henrique Leal (UFRB) e Ludovico Longhi (UAB)


Para além do visível e do real: uma crise de identidade na imagem fotográfica? | Marcelo Feitosa (PUC-Rio)


Fantasmas trancados no porão: lacunas como possibilidade de criação poética | Luciane Bucksdricker (UFRGS)


 

Quarta-feira (12/3)


Oficinas de Dirceu Maués (PA), Maria Vaz (MG) e Mitsy Queiroz (PE)

No Mercado Eufrásio Barbosa (inscrições encerradas)


9h às 12h


Fotografia Pinhole: da construção da câmera à prática fotográfica | Dirceu Maués (PA)

Abordagens críticas, anarquivismos e fabulações poéticas | Maria Vaz (MG)


14h às 17h


Poéticas do Fracasso: processos experimentais em fotografia | Mitsy Queiroz (PE)

Apresentação de Portfólio

Apresentação ao vivo pelo YouTube e portfólios publicados no site do festival


19h às 21h


Quanto Tempo Duram as Maçãs? | João Bach (Fortaleza - CE)

Helenas | viviane piccoli (São Paulo - SP)

Corpos Conflitantes + Retirada Violenta + Sim Sinhô: fotoetnografia da Comunidade Quilombola do Ausente + Modos de Ser | Nilmar Lage (Ipatinga - MG)

A mãe morta | Marisi Bilini (Tenente Portela - RS) 

F.Ilha | Michelle Bastos (Brasília - DF)


Quinta-feira (13/3)


Oficinas de Dirceu Maués (PA), Maria Vaz (MG) e Mitsy Queiroz (PE)

No Mercado Eufrásio Barbosa (inscrições encerradas)


9h às 12h


Fotografia Pinhole: da construção da câmera à prática fotográfica | Dirceu Maués (PA)


Abordagens críticas, anarquivismos e fabulações poéticas | Maria Vaz (MG)


14h às 17h


Poéticas do Fracasso: processos experimentais em fotografia | Mitsy Queiroz (PE)


Projeções e Palestras de Maria Vaz (MG) e Dirceu Maués (PA)

No Mercado Eufrásio Barbosa (aberto ao público)


18h30 


Projeções


Chão, fotografias, Sertão de Lembranças | Afonso Jr. (Recife - PE)  

O céu da boca da noite | Géssica Amorim (Flores - PE)  

Quatro Gerações | Guilherme Bergamini (Belo Horizonte - MG)

O Sol Daqui Brilha Amarelo | Henrique Fujikawa (São Paulo - SP)

Ofereço meu retrato como lembrança | JULIANA ARRUDA (São Paulo - SP)  

Pó mágico | Paulo Rossi (João Pessoa - PB)

Retrato Oco | PV Ferraz (Recife - PE)

Para Elza, memórias dos nossos afetos | Ulla von Czékus (Salvador - BA)

Viagem in-só-lita | Mariana Almada (Brasília - DF)

Navegantes da Paisagem | viviane piccoli (São Paulo - SP)


Palestras

“Fabricações poéticas do dispositivo fotográfico” | Dirceu Maués (PA)
A fotografia pinhole, conhecida por sua simplicidade técnica e pela ausência de lentes, abre um vasto campo para a exploração de processos criativos. A partir de uma prática artística centrada na experimentação com dispositivos fotográficos, iniciada em 2003 com a construção e utilização de câmeras artesanais pinhole, esta apresentação propõe discutir a fotografia à luz dos conceitos de individuação, objeto técnico e invenção desenvolvidos por Gilbert Simondon.


“Arquivos Potenciais: ativar e imaginar novas visibilidades" | Maria Vaz (MG)
Qual é o potencial da imaginação, da fabulação e da criação em desafiar e expandir as visibilidades estabelecidas pelas narrativas oficiais? Como os acervos institucionais de um território podem ser apropriados e ativados e quais são as contribuições das artes visuais para a sua potencialização? Esta conversa é uma chamada à imaginação, à fabulação e à construção de novas narrativas e imagens desde os arquivos, ou do que lhes falta.

 


Sexta-feira (14/3)


Oficinas de Dirceu Maués (PA), Maria Vaz (MG) e Mitsy Queiroz (PE)

No Mercado Eufrásio Barbosa (inscrições encerradas)


9h às 12h


Fotografia Pinhole: da construção da câmera à prática fotográfica | Dirceu Maués (PA)

Abordagens críticas, anarquivismos e fabulações poéticas | Maria Vaz (MG)


14h às 17h


Poéticas do Fracasso: processos experimentais em fotografia | Mitsy Queiroz (PE)


Projeções e Palestras de Erika Tambke (RJ) e Mitsy Queiroz (PE)

No Mercado Eufrásio Barbosa (aberto ao público)


18h30


Projeções


lavagem de cabeça | Alex Hermes (Fortaleza - CE)

Ouricuri | Bruno Lira (Guarabira - PB)

Thalassa | GISA ARAUJO (São Paulo - SP)

Sem folha não tem Orixá | Leila Chandani (Salvador - BA)

Nossos horizontes | Aline Rodrigues (Fortaleza - CE) 

Caderno de Inadequações | Fernando Jorge (Fortaleza - CE)

Hora de Voltar | Fernando Maia da Cunha (Fortaleza - CE)

domesticidade | Ana Elisa Novais (Mariana - MG)

A horse and a delivery man | Diego Oliveira (Anápolis - GO)

Rosa | Sonia Gouveia (São Paulo - SP)


Palestras


“Todo mundo tem uma história para contar” | Erika Tambke (RJ)
A fotografia popular é um movimento que documenta espaços e eventos populares a partir de uma intimidade dos autores com seus temas. Desenvolver uma relação de confiança e cumplicidade com as pessoas retratadas é central como metodologia. A fotografia é um grande meio para se contar e viver uma história, porque a elaboração de ensaios fotográficos se impulsiona a partir de um aprofundamento de relações e emoções, o que incorpora camadas à narrativa. Não há pressa para se contar uma história, há muitas idas e vindas. Vamos falar desse processo e apresentar exemplos da fotografia popular.


“Quando a caixa da noite foi aberta” | Mitsy Queiroz (PE)
Apresentação de um ensaio que entrelaça os saberes e a cosmologia da pesca artesanal com os processos criativos da fotografia analógica. Por meio de paisagens que evocam diferentes experiências do tempo, a reflexão percorre os fenômenos da espera como devir e as percepções sobre a imprevisibilidade das imagens — ou das criaturas — que emergem das profundezas dessa “caixa preta” que é o mar.



Sábado (15/3)


Expedição Fotográfica

Pelo Sítio Histórico de Olinda


10h às 12h – Com ponto de partida no Mercado Eufrásio Barbosa (aberta ao público, com lista de interesse para quem gostaria de receber avisos sobre roteiro).


Ciranda Fotográfica

Mercado Eufrásio Barbosa


16h às 18h – Apresentação das obras e votação popular.


A Fina Linha Vermelha da Rememoração | Ícaro Galvão (Recife - PE)

Retrato Oco | PV Ferraz (Recife - PE)

Inventário Botânico Afetivo | Karol Santiago (Caruaru - PE)

trajetórias aquáticas entre ident(c)idades  – As fronteiras de gênero entre mergulho e respiro | ga olho (Brasília - DF, residente no Recife - PE)


Café Pequeno

Mercado Eufrásio Barbosa

18h às 21h – Anúncio da obra vencedora da Ciranda Fotográfica, projeção das imagens feitas por participantes da Expedição Fotográfica e outras atrações.


Informações
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