por Ariel Montes Lima__
RESUMO: O presente trabalho apresenta uma reflexão acerca dos discursos acerca do amor e do feminino no romance A Doida do Candal, de Camilo Castelo Branco. Para a realização de semelhante estudo, foi utilizada a noção de Clima Histórico (Stimmung) como um dos tópicos fundamentais da produção discursiva. Isto é, partiu-se da prerrogativa de que, não apenas a visão do autor se apresenta subjacente em sua obra, como também determinados motivos histórico-sociais que a distinguem.
PALAVRAS-CHAVE: Melancolia. Discurso Literário. Feminino. Clima Histórico.
INTRODUÇÃO
O tema do amor parece ser uma constante em todas as expressões artísticas da humanidade, sendo, de quando em vez (re)elaborada a partir de diferentes perspectivas artísticas e discursivas. O Romantismo, nesse ínterim, foi um grande marco na maneira como o Ocidente compreendeu e segue compreendendo a noção de amar e ser (ou não) amado.
A partir dessa ideia, analisar a obra de Camilo Castelo Branco em um quadro histórico marcado pelas tendências ultrarromânticas torna-se mais claro. Isto é, pensar que os discursos emergentes no tempo do escritor dialogavam diretamente com sua vida e sua abrem margens para interpretações mais amplas acerca da temática mais explorada pelo movimento ultrarromântico português.
Com efeito, a noção de amor de perdição é familiaríssima à produção literária de Castelo Branco. Não em vão, semelhante epíteto intitula um de seus romances mais consagrados. Logo, não é imprudente ponderar quanto à extensão da exploração dessa temática ao longo do trabalho do escritor. Por esse viés, volver a mirada para A Doida do Candal vislumbrando em Maria de Nazaré, protagonista cuja alcunha dá nome ao livro, como uma heroína trágica cuja vida sintetiza o conceito de perdição pelo amor.
Ao mesmo tempo, é mister pensarmos que os discursos emergem de uma posição inserida histórico e sociologicamente em um tempo e um espaço. O fazer literário encontra, nesse momento, um ponto consensual como um discurso narrativo de um autor e uma época. Desse modo, não apenas traços autorais se fazem presentes no romance de Castelo Branco, mas também aspectos próprios de seu momento histórico. Isso se assinala ao longo da obra e é matéria do presente trabalho.
MAL DO SÉCULO, BYRONISMO E MELANCOLIA
À primeira menção, o século romântico evoca atmosferas fúnebres de aspecto soturno e pleno de motivos melancólicos. Esse efeito de aversão e estranhamento alude às ideias vigentes no tempo de florescimento do Romantismo como escola literária: o sistema de pensamento vigente, ao qual dá-se o nome Clima Histórico. Rangel (2014, p. 54) em seu artigo intitulado Romantismo, Sattelzeit Melancolia E “Clima Histórico” (Stimmung) determina que:
Tempo histórico´, de acordo com Koselleck, significa um conjunto específico de homens, ideias, instituições e práticas, reunidos a partir de um sentido fundamental. Segundo o historiador alemão, um ´tempo histórico´ nasce a partir da crise de um sentido fundamental. Foi justo isto que ocorreu por volta do século XV, em linhas gerais, quando o sentido fundamental Deus entra em crise, ou seja, não é mais capaz de organizar os homens de forma imediata (transcendental). Esse é o início do ´tempo histórico´ moderno ou da modernidade, se preferirmos.
Em outras palavras, a ruína de determinadas ideias e convenções sociais instalou na Idade Moderna uma atmosfera propícia para o florescer dos ideais românticos atravessados pelos sentimentos de “contrição, cautela e medo radicais, a desesperança e o pessimismo, e, no limite, o desespero em relação à existência humana” (idem, p. 53).
A partir desse ponto, estabelecer temporalmente o movimento romântico em sua devida época permite uma melhor compreensão discursiva acerca dos motes que o impulsionaram como escola literária. Logo, pensar em tal movimento sem considerar os conflitos subjacentes no terreno da psique do Séc. XIX limita a abordagem do pesquisador.
Assim sendo, deve-se levar em conta que “algumas das ideias que o romantismo [...] endossou na sociedade foram: o tabu da virgindade, a suposta instabilidade emocional feminina e a ideia da paixão como um adoecimento (pathos)” (MONTES, 2021) na análise do trabalho de Castelo Branco.
O ROMANCE, O AUTOR E AS DISCURSIVIDADES NARRATIVAS
É um ponto consensual entre os estudiosos da literatura que Camilo Castelo Branco foi o autor de maior peso do Romantismo Português. Dono de uma produção vultuosa e de uma vida tão emblemática quanto sua obra, o autor se popularizaram através de seus romances, em cuja construção são prolíficos os temas do amor e da ruína dos sujeitos.
Como aponta Vargas (2017, p. 232):
[...]em A doida do Candal, [...] publicado em 1867, conhecemos a história de Maria de Nazaré, filha de um tamanqueiro, que vive uma relação amorosa com Marcos Freire, um fidalgo de posição social elevada. Nenhum dos conhecidos de Marcos, nem sua família, aprovam a relação. Sua ligação com a moça não se mantém porque ele a ama, mas sim porque ama o filho que tem com ela, e sente-se responsável por Maria, já que ela deixou sua família para trás para viver com ele. A trama também envolve outra mulher, Lúcia Peixoto, prima de Marcos e por ele apaixonada. Porém ela resigna-se com a ideia de que ele nunca será mais que um grande amigo e protetor, porque ela, assim como Marcos, tem grande consciência da responsabilidade do compromisso dele com Maria e o filho. Lúcia tem um irmão, Simão Peixoto, que insiste em interná-la em um convento para que possa controlar a parte dela na herança advinda dos pais. Marcos, seu pai Cristovão e um amigo da família, José Osório, resolvem proteger Lúcia dos desmandos do irmão, já que ela não pretende nem se casar, nem aceitar a ida para o convento. O embate entre os familiares termina com a morte de Marcos e Simão, e a falta que o primeiro faz a Maria de Nazaré desencadeia nela o processo de crise. Ela não tem a quem recorrer para sobreviver junto com o filho, e depois da morte de Marcos, é Lúcia quem salva os dois da pobreza, mas não consegue, apesar das tentativas, salvar Maria da demência. Descobre-se mais tarde que Simão era pai de uma menina, cuja mãe ele enganou ao declarar um falso amor. Margarida, já mais velha e sem condições de prover a filha, procura a família de Simão e é bem recebida por Lúcia, que garante o conforto de mais uma mulher abatida pela pobreza e pela culpa. Margarida era freira e se acreditou amada por Simão quando ainda vivia no convento. A gravidez e o abandono, somados ao julgamento moral imposto por outros religiosos transformam-na em uma mulher tão degradada quanto Maria de Nazaré. As três terminam por viver juntas, remoendo seus sofrimentos, esperando que a morte as levasse embora de um mundo injusto, desconcertado.
Como revela o enredo, a principal noção que alimenta o texto não é o triunfo do amor sobre as dificuldades, mas a força das injustiças que consomem o ser amante. Isso fica igualmente explicitado em diversas passagens do livro. Nesse processo, há alguns pontos fundamentais a serem pensados. O primeiro deles é a posição de passividade que as personagens femininas adotam na obra. O segundo, é a maneira como a loucura é abordada na obra. O terceiro, é o leitmotiv da desesperança e da melancolia que permeia todo o texto camiliano.
Seguindo as palavras de Rafael (2012, p. 38):
Quase certo, é que o romance do séc. XIX acaba por ser associado à leitura feminina, às características tidas como naturais da mulher como sensibilidade, irracionalidade e emoção, impondo o amor como ingrediente constitutivo, e essencial da identidade feminina. O romancefolhetim parece assim contribuir para a promoção da mulher na sociedade da época ao mostrar, por exemplo, o poder que ela tem em relação ao jornal ou a uma parte dele. Foi também no século XIX que se assistiu ao aparecimento e crescimento da imprensa feminina a qual nos dá informações e nos permite definir com maior rigor o perfil da mulher deste século. No entanto só um estudo mais aprofundado dos periódicos femininos desse século, dos romances e pinturas que retratam a época poderão contribuir para um melhor conhecimento da criação, formação e consolidação de um público leitor do sexo feminino.
Em outras palavras, determinados comportamentos tidos como eminentemente femininos foram amplamente explorados no período romântico. Todavia, o discurso de gênero nele presente é, em última análise, uma efígie da cultura proeminentemente burguesa e masculina dominante.
Em termos romanescos, Castelo Branco deixa bastante claro o poder do meio social e da opinião pública na construção do sujeito feminino. Isso se revela na posição de submissão estabelecida em diferentes níveis. Primeiramente, da mulher para com a sociedade (Maria de Nazaré nunca é tida como esposa de Marcos, embora não se relacionasse com nenhum outro homem); da mulher para com a família (pois, para viver com seu amado, ela precisa abandonar os pais) e, finalmente, da mulher para com o homem (afinal, mesmo depois de inúmeros sofrimentos, a protagonista mantem-se fiel a seu amor e enlouquece ao perdê-lo).
Entrementes, em meio à submissão da protagonista a um destino trágico por um amor infrutífero, novamente ressoa o tom melancólico da obra: um atributo que dialoga com a desesperança de sua época e com a própria experiência do escritor enquanto indivíduo dissociado do fazer literário. Isto é, tanto se podem encontrar outras obras com o mesmo viés de infelicidade em outras produções contemporâneas (como os trabalhos de Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo em solo brasileiro) quanto na própria vida de Castelo Branco –que se suicidou em 01 de junho de 1890-.
Todo esse apelo aos lugares comuns da narrativa romântica não é em vão. Pelo contrário, o referido escritor possuía a necessidade de fazer sua narrativa ser comercial, uma vez que foi um dos primeiros artistas portugueses a viver de seus escritos (FRAZÃO, 2021).
MARIA DE NAZARÉ: A HEROÍNA TRÁGICA E OS DISCURSOS SOBRE O FEMININO
Andrea Trench de Castro (2011), em seu artigo intitulado De Amores Desmedidos e Narradores Irônicos: a (Anti) Heroína Romântica e a Quebra do Lugar-Comum reflete sobre o fazer literário da seguinte maneira:
Antonio Candido, em ‘A personagem do romance’, afirma que a complexidade da figura humana explica-se pelo fato de que ‘a noção a respeito de um ser, elaborada por outro ser, é sempre incompleta (...). E que o conhecimento dos seres é fragmentário’ (CANDIDO, 1998, p. 56). Ademais, assinala que, para além desses “fragmentos de ser” que temos a partir dos fios descontínuos da vida, a noção que temos de nossos semelhantes “é oscilante, aproximativa, descontínua. Os seres são, por sua natureza, misteriosos, inesperados” (CANDIDO, 1998, p.56).
O romancista, por seu turno, adaptaria nossa maneira fragmentária de entrever as pessoas e de conformar nossa percepção da alteridade, transportando-a para o romance: “O romance, ao abordar as personagens de modo fragmentário, nada mais faz do que retomar, no plano da técnica de caracterização, a maneira fragmentária, insatisfatória, incompleta, com que elaboramos o conhecimento dos nossos semelhantes” (CANDIDO, 1998, p. 58).
A partir de semelhante perspectiva, pondera-se que a seleção de recortes elaborada por Camilo Castelo Branco em A Doida do Candal constrói, a partir da visão dos fatos concatenada pelo narrador, a figura de Maria de Nazaré: a “doida” que nomeia o livro. Portanto, desde a escolha lexical empregada até a sequência narrativa posta na construção da personagem refletem uma intenção discursiva, como esclarece Cardoso (2013, p. 17): “Por trás de todo ato de comunicação existe algo mais do que simplesmente transmitir uma mensagem. Mesmo que o texto seja puramente referencial, objetivo, ele carrega consigo um aspecto intencional, seja um desejo de impressionar o destinatário, seja um desejo de marcar uma posição”. Tal visão se pode perceber na trajetória da mulher perdida à Doida. O amor feminino é, pois, um elemento de permanente nocividade. Primeiro por levar a “filha do tamanqueiro” ao status de perdida; depois, por conduzi-la à insanidade.
O tema do amor se repete ao longo do romance em mais alguns episódios como uma alegoria funesta do mito do toque de Midas. Isto é, tudo aquilo que o amor toca é por ele destruído. Assim como diversas outras características do referido romance, esse traço também é comum à diversas outras narrativas da época, como Eurico, O Presbítero, de seu conterrâneo Alexandre Herculano e Jane Eyre, da inglesa Charlotte Brontë. Esse aspecto costuma ser representado sob a máscara da loucura.
Nesse sentido, a insanidade é para o romântico a fuga da dor proporcionada pela realidade. O escritor deixa entrever essa perspectiva no capítulo XXVI (CASTELO BRANCO, 1903, p. 159) na seguinte passagem:
Maria de Nazareth esbugalhou os olhos e fez uma arremettida para se lançar da cama.
Queriam contei-a as creadas; porém, Osorio, retirando-se da alcova, disse a D. Lucia que a deixasse saltar do leito e a não embaraçasse de qualquer transporte.E esperou anciadamente na antecamara, elle, que,poucos dias antes arguia de crueza quererem daráquella doida o fragello da razão, a luz que lhe havia de mostrar a voragem da sua desgraça. Agoraexperimentava, de envolta com o dó, a santa e aprazível vaidade de a ver ainda mãe respeitada, á beira de seu filho e talvez amada como filha por Christo-vão Freire. ·Escutou e ouviu altos clamores. O choro da creança misturava-se em ríspida dissonancia com os brados da mãe. Lucia saiu e disse ao major que Maria de Nazareth parecia reconhecer o filho. Voltou alvoroçada. O major chamou-a com afanosa. Energia e disse-lhe que não cessassem de lhe mostrar o retrato de Marcos ao lado do filho.
Finalmente, em termos narrativos, a maioria dos personagens apresenta uma descrição plana, de curta complexidade psicológica. Verdadeiramente, ao cabo da leitura, o leitor parece experienciar um sentimento de que, malgrado as atribulações do percurso, todos tiveram um fim em consonância com as ações por eles praticadas. Evidentemente, essa impressão demarca um juízo de valor imanente.
Embora as últimas páginas do texto expressem certa compaixão pela doida do Candal, permanece um traço de rigidez moral e filosófica que atrela intimamente a ação com sua reação proporcional. Por exemplo, o final trágico de Maria de Nazaré poderia ser entendido como uma elegia de desesperança perante uma ordem social inelutável; uma perda despropositada de uma vida por um amor impossível, mas não propriamente como uma crítica à posição de privilegiado poder dos personagens masculinos na sociedade de seu tempo. Com isso, o autor, tacitamente, aceita, com reticente melancolia, a ordem dos fatos sem questioná-la.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho buscou evidenciar como o Clima Histórico do Séc. XIX influenciou a construção poética do período romântico através dos motes narrativos. Nesse sentido, a poética de Camilo Castelo Branco emerge de uma posição discursiva marcada pelos estigmas de seu tempo: o que caracteriza a construção narrativa de suas personagens. O autor, desse modo, consciente ou inconscientemente, elabora segundo um determinado referencial ideológico o corpus de sua narrativa.
Nesse ínterim, fica evidente o pessimismo do romântico atravessado na narrativa camiliana como um elemento não propriamente do autor, mas como um recurso próprio em que aquele determinado discurso literário é produzido.
Além disso, a caracterização das personagens femininas demarca uma visão estreita acerca da subjetividade das primeiras. O recorte narrativo empregado alicerça uma visão de sua época acerca da feminilidade e endossa discursos vigentes acerca das emoções da mulher e, em algum nível, ratifica a própria posição desbalanceada dos gêneros na sociedade portuguesa do Séc. XIX.
O discurso adotado por Camilo Castelo Branco, intencionalmente melancólico e pessimista também finda por repetir, sem grandes inovações, as modas literárias de seu tempo em uma narrativa fluída o bastante para ser comercializada como folhetim, mas insuficiente para provocar uma reflexão crítica no leitor moderno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VARGAS, Caroline Aparecida de. A REPRESENTAÇÃO DA LOUCURA EM CAMILO CASTELO BRANCO. Anais do XXVI Congresso Internacional da ABRAPLIP. Curitiba 2017.
Ariel Montes Lima é pessoa non-binary, psicanalista e professora. Autora dos livros Poemas de Ariel (TAUP, 2022), Sínteses: Entre o Poético e o Filosófico (Worges Ed., 2022), Ensaios Sobre o Relativismo Linguístico (Arche, 2022), Poemas da Arcádia (Caravana, 2023), Silêncios: Duros Silêncios (Worges, 2024) e O Inominado ou A Descoberta do Mundo (TAUP, 2024).