por Mirada
Solo fértil é uma poesia-denúncia que grita a resistência indígena e femininaEspetáculo faz temporada com entrada gratuita, abrindo o mês da luta dos povos indígenas, e fala sobre a cosmovisão indígena, a natureza, o corpo feminino, a maternidade, e a opressão, provocando uma reflexão que aborda o que está dentro e fora de cada um de nós.
O mês da luta dos povos indígenas, abril, abre as suas portas com uma temporada intensa, forte e gratuita do espetáculo “Solo fértil”, monólogo de Ludmila Pessoa, sob direção de Quiercles Santana, diretor de espetáculos consagrados e premiados como “O baile do menino Deus” e “Alguém para fugir comigo”. Dividindo-se em três localidades, o trabalho aposta na acessibilidade, na ampliação e formação de plateia, e na exploração de diferentes espaços cênicos. Nos dias 05, 06, 12 e 13 de abril, o Espaço Fiandeiros, localizado na Rua da Saudade, 240, Boa Vista, recebe as apresentações, a partir das 19h, aos sábados, e às 18h, aos domingos. Além disso, duas escolas, no bairro de San Martin, também recebem o “Solo fértil”: a Escola Municipal General San Martin (Av General San Martin, 1864), nos dias 22 e 23, às 19h e a Escola professora Helena Pugó (Rua 15 de março), nos dias 24 e 25, às 19h. Vale ressaltar que as apresentações dos dias 05 (Fiandeiros), 22 (Escola General San Martin) e 24 (Escola Helena Pugo) contam com a presença de um intérprete em libras.
Inspirado no teatro do sagrado, Solo Fértil é um monólogo autoficcional minimalista que busca um aprofundamento acerca da percepção humana. O espetáculo explora temas como o corpo feminino, a maternidade, o solo e a cosmovisão indígena, criticando a hegemonia do pensamento ocidental, branco, masculino e binário que oprime e destrói vidas e povos há séculos. A dramaturgia é uma cocriação entre atriz e diretor, combinando histórias de mulheres e textos indígenas para criar um teatro sagrado, ritual, político e poético que amplia a voz de grupos marginalizados. Compondo o trabalho há ainda uma trilha sonora original, composta e executada, ao vivo, pelo músico Hercinho Gouveia. Ampliando e aprofundando a experiência, a equipe teve a oportunidade de vivenciar dois encontros com o povo fulni-ô a fim de se aproximar do idioma e da musicalidade desse povo, verticalizando a construção do espetáculo.
Em tempos de aquecimento global, onda de calor, dizimação indígena e violência contra as mulheres, é urgente olhar de frente para essas questões porque é no enfrentamento poético, diário, social e político que podemos transformá-las. Esse projeto tem incentivo da lei Aldir Blanc pelo edital Multilinguagens — Recife Criativo.
Espetáculo Solo Fértil — Temporada
1 - Espaço Fiandeiros
Dias: 05,06; 12 e 13
Local: espaço fiandeiros, rua da saudade, 240
Horário: sábados as 19h; domingo às 18h
2 - Apresentações em San Martin
Local: Escola professora Helena Pugó — Rua 15 de março
Dias: 24 e 25
Horário: 19h
Local: Escola Municipal General San Martin — Av. General San Martin, 1864
Dias: 22 e 23
Horário: 19h
Acessibilidade, intérprete em libras
Dia 5 na Fiandeiros
Dia 22 na escola general San Martin
Dia 24 na escola Helena Pugo
Entrada Gratuita,
chegar com 1 hora de antecedência pra pegar o ingresso
Ficha Técnica
Idealizadora e produtora: Ludmila Pessoa
Atriz: Ludmila Pessoa
Diretor: Quiercles Santana
Dramaturgia: Ludmila Pessoa e Quiercles Santana
Músico: Hercinho
Iluminadora: Luciana Raposo
Figurino: Maria Agreli
Ilustração e programação visual: Analice Croccia e Larissa Botelho
Fotografia: Morgana Narjara e Mi'ssaw Zàwàruhu
Assessoria de Imprensa: Natali Assunção
Assistente de produçao: Fabricia Macêdo e Caíque Ferraz