por Carlos Monteiro__
Salve Jorge, simplesmente Francisco!
Jorge não sentou praça na cavalaria nem tampouco foi militar, mas foi um guerreiro incansável assim como o general da Capadócia ou do Humaitá; ogunhê!
Jorge, sanlorencista de Flores, lutou, às vezes como um Dom Quixote, com sua fé inabalável, pelos desvalidos e contra todas as injustiças praticadas por aqueles que ainda não perceberam a beleza da paz e do amor. Lutou pela união dos povos, pela congregação de todas as religiões em um só pensamento em Deus, lutou por todos os cultos e credos. Fez da Páscoa transformação e harmonia. Lutou pela desigualdade, lutou contra a polarização, os radicalismos e a opressão. Lutou contra capitalismo despótico, infrene e selvagem.
‘Cavalgou’ pelo Planeta difundindo o amor, levando a paz em seu ‘alforge’ e, por onde passou, deixou sua marca de humildade. Laudato si', em um cântico de Francisco de Assis, cuidou da “‘Casa Comum’ que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras...”, em uma batalha heroica contra o dragão da maldade, o vilão que apavora a Mãe Natureza, questionando: “Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer?”.
Jorge em Buenos Aires, Aruanda ou Vaticano, o Santo Guerreiro que lutou contra o dragão da maldade. Lua de São Jorge deslumbrante, cheia, branca e inteira, bandeira flamejante solta na amplidão, lua de Francisco, lua brasileira, já que, como ele mesmo disse: “O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”! Seu ginete, corcel branco, Ascalon, venábulo e azagaia foram as palavras doces que semeou pelo Universo. Jorge Francisco e os ‘Dioclecianos’ da vida, muitos arautos da morte, Francisco inegável fé. Mártir cristão. Santo protetor, santificai o homem, santificai este homem.
Partiu de volta à Pátria Espiritual entre a Páscoa e o dia de São Jorge, eternizou sua missão na Terra como pastor do amor e da divinal luz que emanava de seu olhar terno e sereno.
Salve Jorge ou simplesmente Francisco do céu!
Carlos Monteiro é fotógrafo, cronista e publicitário desde 1975, tendo trabalhado em alguns dos principais veículos nacionais. Atualmente escreve ‘Fotocrônicas’, misto de ensaio fotográfico e crônicas do cotidiano e vem realizando resenhas fotográficas do efêmero das cidades. Atua como freelancer para diversos veículos nacionais. Tem três fotolivros retratando a Cidade Maravilhosa.