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por Ângelo Fábio__





 por Divulgação__




 por Ângelo Fábio e  Luiz Mauro Leonel__



 por Ângelo Fábio e Luiz Mauro Leonel Ferreira___



 por Ângelo Fábio___

 

 por Ângelo Fábio___


 

por Divulgação__

 


DONA DÓRA. A MÍSTICA DO BOI
Um filme de Adalberto Oliveira e Periférica

 

Documentário pernambucano Dona Dóra. A mística do boi terá exibição na plataforma Itaú Cultural Play

 

A partir do dia 15 de julho (sexta-feira), o documentário pernambucano Dona Dóra. A mística do boi 2021, com direção de Adalberto Oliveira e realização da Periférica Mostra de Cinema de Camaragibe, terá sua exibição na plataforma do Itaú Cultural Play. O documentário parte da necessidade de valorizar e dar visibilidade aos personagens da cultura camaragibense, muitas vezes esquecidos/as neste município. No ano de 2021, o documentário participou da mostra competitiva do Festival Cine PE 2021, Festival del Caribe (Cuba 2021) entre outros festivais.


O filme foi filmado no município de Camaragibe durante a pandemia respeitando todos os protocolos estabelecidos por conta da Covid-19. O documentáro conta a história de Doralice Barreto da Silva, popularmente conhecida como Dona Dóra, que é natural de Timbaúba (Zona da Mata Norte) e fundadora do Boi Rubro Negro (1965), tendo se estabelecido na cidade de Camaragibe/PE após 02 anos. Esta mulher é testemunha do êxodo rural e da ocupação periférica da Região Metropolitana do Recife. A figura do boi é bastante representativa para nossa cultura, se relaciona diretamente à alimentação através de suas carnes e vísceras, à fabricação de roupas e acessórios do couro, seus chifres trazem proteção contra inveja e mau-olhado e seu sangue traz à energia vital para à ancestralidade. Durante todo o ano a comunidade aguarda ansiosamente os ensaios prévios do boi até sua saída em cortejo que sobe e desce as ladeiras de Camaragibe arrastando uma multidão.

 

A Periférica a cada edição presta uma homenagem a uma personalidade de Camaragibe. Em sua terceira edição, a homenageada foi Dona Dora, liderança da cultura popular que, desde 1965, mantém o Boi Rubro Negro, tradicional agremiação carnavalesca de Camaragibe, com sede no bairro Alto Santo Antônio. A terceira edição da Periférica  teve o incentivo da Lei Aldir Blanc e que além da homenagem a mostra passou a ser  internacional.

 

“É de fundamental importância o acesso a arte e cultura, e sobretudo quando a população se ver nos filmes que são exibidos. O ano de 2021 foi bastante dificil para todos nós artistas e produtores/as de cultura por conta da Covid-19 e toda a falta de incentivo para o setor cultural, mesmo com todas as dificuldades percebemos que mesmo num momento tão delicado por conta da pandemia, não pudiamos deixar de lado de realizar este documentário, pois Dona Dóra durante anos nos concede alegrias durante o festejo de momo e compartilha os mais diversos saberes. Pretendemos com isto firmar esta mostra como evento dentro do calendário cultural do município." (Acrescenta Ângelo Fábio)

 

A exibição é gratuita e pode ser vista na plataforma do Itaú Cultural Play. Para participar é preciso realiza um cadastro pelo site  www.itauculturalplay.org.br

 

Serviço:

Dona Dóra. A mística do boi
Direção: Adalberto Oliveira
Realização: Periférica Mostra de Cinema de Camaragibe e Pós - Traumático Coletivo
Classificação indicativa: 12 anos
Inscrições pelo site: https://assista.itauculturalplay.com.br/

 

Sinopse

 

Doralice Barreto da Silva, popularmente conhecida como Dona Dóra, é natural de Timbaúba (Zona da Mata Norte) e fundadora do Boi Rubro Negro (1965), tendo se estabelecido na cidade de Camaragibe/PE após 02 anos. Esta mulher é testemunha do êxodo rural e da ocupação periférica da Região Metropolitana do Recife. Sua força, determinação e sua habilidade em arregimentar pessoas, fez com que sua manifestação artística levasse seu nome, por isso mesmo, quando falamos do Boi Rubro Negro, estamos falando do “Boi de Dona Dóra”.

 

A figura do boi é bastante representativa para nossa cultura, se relaciona diretamente à alimentação através de suas carnes e vísceras, à fabricação de roupas e acessórios do couro, seus chifres trazem proteção contra inveja e mau-olhado e seu sangue traz à energia vital para à ancestralidade. Seus usos são seculares e parecem infindáveis, indo de encontro às ondas contemporâneas que abdicam do consumo de carne e seus derivados; o Boi permanece sendo símbolo de prosperidade e bonança e por isso vem encarnado no Boi Rubro Negro com seus olhos de fogo, hipnotizando as pessoas que giram na gira do Boi.

 

 

por Ângelo Fábio__



Foto: Josivan Rodrigues. Kárin Albuquerque e Francisco Fabiano são autores do artigo premiado

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por Divulgação___




 

por Taciana Oliveira__



 

por Taciana Oliveira__




por Ângelo Fábio_

Fotografia: Rogério Alves
por Ângelo Fábio__
  



Estamos focados no combate à pandemia do coronavírus (COVID-19) e assistimos aos constantes absurdos, que também considero como uma pandemia mental, do então Presidente da República Jair Messias Bolsonaro. Além da incapacidade administrativa, da falta de diálogo e da ausência de um real posicionamento como líder, tudo que sai da boca deste indivíduo beira a estupidez, a insensatez e ao desrespeito humano. Sobre vários aspectos em jogo, pontuo a falta de recursos para saúde pública, o enfraquecimento do desenvolvimento econômico do país, a estagnação de políticas de fomento à cultura e o enfraquecimento de medidas pontuais para a defesa do meio ambiente. Estes e outros temas afetam diretamente a autoestima da  nossa população. E mais uma vez o setor cultural sofre perdas. As alternativas para contenção dos problemas para a categoria são cada vez mais escassas. É importante frisar que, em 19/03/2020, uma conferência online reuniu gestores e secretários estaduais de cultura. Foram apresentadas propostas emergenciais para a Secretaria Especial de Cultura do Governo Federal, através de um documento formulado pelo do Fórum de Secretários e dirigentes estaduais.
 
Alvim e Goelbbes

Da unção ao discurso Nazista. Uma cortina de fumaça até a chegada do pum produzido pelo palhaço.

Um assunto que  repercutiu bastante no cenário cultural, em janeiro deste ano, foi o vídeo divulgado pela Secretaria Especial da Cultura, em 17/01/2020, onde o até então Secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, copiou e adaptou trechos do discurso nazista, proferido pelo ministro da propaganda Joseph Goelbbes (1897 - 1945+).



“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada”.

Tal discurso gerou uma onda de indignação e rejeição por parte de vários setores no Brasil e no exterior, inclusive pela Embaixada da Alemanha, que publicou uma nota de repúdio. Um dia antes do fatídico pronunciamento, Alvim apresentava ao presidente Bolsonaro as novas diretrizes do programa de incentivo à cultura, um projeto criado dentro de um perfil conservador e segregador. Após seu polêmico pronunciamento, Roberto Alvim é exonerado da Secretaria Especial da Cultura.

Regina Duarte e Roberto Alvim
Em 04 de março, de 2020, a pasta é assumida pela “Viúva Porcina ou a “Namoradinha do Brasil”, Regina Duarte. Ela, uma efusiva lutadora pelos interesses do agronegócio, é contra a demarcação de terras indígenas, além de se posicionar a favor dos cortes na cultura. No programa Conversa com Bial (29.mai.2019) na Rede Globo o apresentador e jornalista comenta: “Regina, eu tô me coçando pra dizer uma coisa… Se ainda tivesse ministério da cultura, você podia ser ministra da cultura. Não tem mais Minc*...”. Regina completa: “Isso aqui não é meu não. Não é uma ideia minha, mas é uma ideia que eu compro inteiramente, eu endosso. ME CHAMA PRO CONSELHO TÁ!?...”. Desde então tínhamos o prenúncio de sua possível entrada no extinto Minc, que hoje se resume a uma mera secretaria sem rumo.

Em momento prévio, antes do anúncio da sua nomeação, em rede social Regina sinaliza que “estar de corpo e alma com o governo e vai dar o melhor pela causa.” Não é nenhuma novidade que governos radicais findam ações ou qualquer proposta de melhoria no setor artístico. A pasta da cultura já havia sofrido uma tentativa de extinção no governo golpista de Michel Temer (MDB-SP). Na ocasião se discutia uma reforma ministerial, sendo o Ministério da Cultura o primeiro da lista para ser extinto. O Minc apenas sobreviveu por conta da pressão de diversos movimentos culturais e sociais. Artistas de todo o país lutavam e ocupavam espaços em atos de resistência. Atuamos para que o Ministério da Cultura se mantivesse de pé, mesmo com diversos problemas.

Mas aos poucos os movimento de resistência perderam a força. Por outro lado um [grupo de artistas brasileiros cria no ano de 2019, o Movimento Artigo 5º em defesa da liberdade de expressão e contra qualquer ameaça de volta à censura no Brasil. É um movimento coletivo espontâneo e suprapartidário do qual participam cineastas, atores, grupos artísticos, diretores, escritores, profissionais da moda, gestores culturais, jornalistas e advogados de todo o país que trabalham voluntariamente pelo respeito à Constituição Brasileira, nascida em berço democrático, vital para existência das atividades criativas e para a preservação do direito de ir e vir, ser e existir e da liberdade de pensar e se expressar.] - Fonte: https://www.artigoquinto.art.br/

Em 2019, com a chegada do governo da “Pátria A(R)mada Brasil”, o fim do Ministério da Cultura é oficializado. Sobra a categoria a criação de uma secretaria, medida semelhante a do governo Collor, que em represália a classe artística impôs o autoritarismo.
Nasce então a Secretaria Especial da Cultura sob a gestão de Roberto Alvim, ex-artista(?), ungido pelo apóstolo e “profeta” Kevin Leal, da Igreja Bola de Neve Church, no bairro da Lapa, em São Paulo. Alvim apresenta uma “máquina de guerra cultural”, talvez a partir daquele momento já servindo como uma cortina de fumaça para abrir as portas a tantos descasos e quiçá, a própria Regina Duarte.
O pronunciamento “nazista” de Roberto Alvim não foi gratuito, e sim orquestrado. A entrada da Regina talvez seja um aporte à barbárie da cultura. No discurso da oficial da sua posse, ela diz que: “Cultura é aquele pum produzido com talco espirrando do traseiro do palhaço”. A partir daí já conseguimos visualizar o tanto que ainda está por vir.


Colaborou: Taciana Oliveira
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*Acesse a entrevista do programa Conversa com Bial: Globoplay: https://globoplay.globo.com/v/7653765/
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Ângelo Fábio, 1981. Artista interdisciplinar e produtor cultural que trabalha com o cruzamento das linguagens cênicas. Fundador do Pós–Traumático, Hemisférios Itinerantes (AR/BR) e Caosmo Cia. Experimental. Estudou jornalismo de investigação na Universidade Popular Madres de la Plaza de Mayo e Licenciatura Direção Cênica (UNA), Argentina, porém não concluiu os estudos universitários. É idealizador do Cineclube Universo Paralelo e co-idealizador da Mostra Periférica, em Camaragibe. Também já foi diretor do Cine Teatro Bianor Mendonça Monteiro (2017/2018), produziu o livro Bianor – Trajetórias e Memórias e promove o Encontro das Artes Cênicas de Camaragibe (2017/2019). Como ator e diretor, integrou diversas companhias artísticas no Brasil e outros países.





por Taciana Oliveira__

O itinerário biográfico de Bianor Mendonça na cultura popular do Estado de Pernambuco é tema de uma publicação assinada pela historiadora Carla Maria de Almeida e pelo antropólogo Cássio Raniere Ribeiro da Silva. Bianor Mendonça é uma das figuras responsáveis pela construção da identidade social e artística do município de Camaragibe. Os resultados desse projeto, incentivado pelo Funcultura - Secretaria de Cultura e Governo do Estado de Pernambuco, podem ser acessados no site desenvolvido por Ticiano Arraes e na publicação Bianor-Trajetórias e Memórias, disponibilizada para download gratuito na plataforma digital. Conversei com o Coordenador Geral do projeto Ângelo Fábio, sobre os detalhes da produção e os próximos passos para sua continuidade. 

Bianor Mendonça / Acervo da Família