por Taciana Oliveira ___
Há um
covarde
Que arde
Por
entre minhas coxas
Por
entre esses cabelos
Por
entre os teus pelos
Que
envoltos entre apelos
Dão em
mim como açoites
No meio
da noite
Em
ébrios vinhos
Cervejas,
conservas
Vem cá
e esfrega
Essa
covardia em mim!
Do livro "Palavras pessadas carregadas por borboletas" (Edições Parresia), de Barbara Assim
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Somente
as ruas
Sabem
da dor
De ser
vago e cheio
Em
mesmo tempo e espaço.
E
quando dou por elas
Um
simples passo
Tenho a
impressão de estar
Sob o
mesmo encalço.
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Somente
quando estamos
No teto
da alma
É que
desabamos...
Sem
senso
Com um
lenço
Nesse
mar
Onde
navegamos
Vivendo
E
querendo
O ranço
do que somos.
Do livro "Palavras pessadas carregadas por borboletas" (Edições Parresia), de Barbara Assim
Taciana
Oliveira é mãe de JP, comunicóloga, cineasta, torcedora do Sport
Club do Recife, apaixonada por fotografia, café, cinema, música e literatura.
Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser
ouvir: Ter bondade é ter coragem.