por Bruno Ramalho__
saudade é dor em rio,
do olho-d'água da gente
à foz no mar do vazio.
*
profícua inconclusa,
a palavra,
remota lembrança
do que foi um dia,
faz, parida
da incerteza absoluta,
nascer enxuta, enfim,
a poesia.
*
em meio aos cacos
de um mundo louco,
os fracos acham
que poesia é pouco.
*
coleciono
insônias de paz;
durmo pouco,
suspeito,
porque acordado
sonho mais.
*
serei eu, minha gente,
um tolo a cumprir os prazos,
se o próprio tempo, ultimamente,
tem sido fiel aos atrasos?
*
do ido assentado,
faz pouco sentido:
um doido acentuado
nem sempre é doído.
por Taciana Oliveira__
poema: augusto de campos de campos augustos |
poema: método |
poema: VERDARDE |
Taciana
Oliveira é mãe de JP, comunicóloga,
cineasta, torcedora do Sport Club do Recife, apaixonada por fotografia, café,
cinema, música e literatura. Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do
abraço. Canta pra quem quiser ouvir: Ter bondade é ter coragem.